Restauração florestal de Itaipu é premiada em Brasília

Estudo sobre a atuação da empresa na região do lago foi o vencedor da sexta edição do Prêmio MapBiomas, entregue na capital federal.

Um trabalho sobre Itaipu Binacional foi o grande vencedor da 6.ª Edição do Prêmio MapBiomas, na categoria Destaque Aplicações em Negócios, tendo como foco a restauração de florestas na região do lago de Itaipu.

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O resultado foi anunciado na última quarta-feira (21), em Brasília, durante o 9.º Seminário Anual do MapBiomas, rede colaborativa formada por organizações não governamentais, universidades e startups de tecnologia para estudo da água e do solo.

Integrantes da pesquisa durante a entrega do prêmio. Foto: Ton Molina
Integrantes da pesquisa durante a entrega do prêmio. Foto: Ton Molina

A pesquisa, intitulada “Impacto da restauração florestal na dinâmica da paisagem da usina hidrelétrica da Itaipu Binacional”, foi desenvolvida no Núcleo de Inteligência Territorial do Itaipu Parquetec, em parceria com Itaipu e Universidade Federal do ABC (UFABC).

A engenheira florestal Veridiana Pereira e a engenheira agrônoma Liziane Kadine, ambas da Divisão de Áreas Protegidas de Itapu, e Flavia Rodriguez, colaboradora do Itaipu Parquetec, são coautoras da pesquisa, coordenada pelo professor Leandro Tambosi.

Os pesquisadores utilizaram o mapeamento de uso e cobertura de terras do MapBiomas (1985–2020) para avaliar as mudanças na paisagem de 27 municípios da Bacia do Paraná 3 e do Parque Nacional do Iguaçu, após mais de 30 anos de reflorestamento intensivo.

“Nós identificamos o surgimento de 73 mil hectares de novas florestas na região, que foram essenciais para reduzir o impacto negativo dos desmatamentos que ocorreram na área e também para promover alguns benefícios”, explicou Tambosi, citado pela assessoria de Itaipu.

Entre os exemplos de benefícios mencionados pelo professor, destaque para o aumento do tamanho médio dos fragmentos florestais e para o surgimento de corredores ecológicos, além da maior proteção aos recursos hídricos da região.

Já Veridiana Pereira lembrou que pesquisa é uma ação de longo prazo e que há 45 anos a Itaipu trabalha com o nexo floresta, água e energia.

“Por isso, quero agradecer aos restauradores do passado, do presente e aos que virão. Eles transformaram as áreas protegidas de Itaipu e de toda a Bacia do Rio Paraná, objeto de estudo deste trabalho. Foi um trabalho longevo e muito importante para a restauração”, apontou.

Histórico

Em 2017, a Fundação SOS Mata Atlântica publicou um estudo indicando que Itaipu é a principal responsável pela regeneração de áreas florestais no Paraná, com quase 30% da recuperação do bioma observado no estado nos últimos 30 anos.

Em 2019, as áreas protegidas da Itaipu foram reconhecidas como área núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, dentro do programa Homem e Biosfera, da Organização das Nações Unidas (Unesco).

Em 2023, a empresa comemorou o plantio de 24 milhões de árvores somente na margem brasileira da faixa de proteção. O balanço considera todos os plantios desde 1979, quando as áreas protegidas de Itaipu foram criadas.

(Com informações de Itaipu Binacional)

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