Programa de Itaipu terá ações em 60 municípios do PR e MS

Com foco na extensão universitária, ação foi lançada em Foz do Iguaçu, nessa segunda (18), com a presença do cientista Carlos Nobre.

Itaipu Binacional e Itaipu Parquetec apresentaram, nessa segunda-feira (18), em Foz do Iguaçu, o Programa de Extensão para a Sustentabilidade Territorial, que promoverá ações em 60 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul.

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Durante o ato, que contou com a presença do cientista Carlos Nobre, que foi convidado para uma palestra, foram entregues 560 computadores para os 208 projetos selecionados, que envolverão 965 bolsistas (professores e alunos), de 16 universidades.

No total, serão destinados R$ 25,3 milhões pelos próximos 20 meses, para trabalhos em áreas como educação ambiental, gestão de bacias hidrográficas, agricultura familiar e agroecologia, energias renováveis, plantas medicinais, piscicultura, gestão de resíduos, comunidades indígenas e quilombolas, entre outras.

“O alcance desse projeto é imensurável. São quase mil bolsistas contemplados, cujos trabalhos vão reverberar em outras pesquisas e contribuir para diversos campos da ciência”, destacou Carlos Carboni, diretor de Coordenação de Itaipu.

“O conhecimento científico e a crença na ciência são ainda mais fundamentais diante dos desafios que enfrentamos no planeta”, reforçou Carboni, citado pela assessoria.

Carlos Nobre

O evento em Foz do Iguaçu foi encerrado com uma palestra do climatologista Carlos Nobre, um dos cientistas brasileiros mais respeitados no exterior. Na véspera, Nobre esteve com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em uma visita à Amazônia.

Na Terra das Cataratas, o pesquisador falou sobre “Emergência climática e os desafios para a humanidade”, alertando para os dados que confirmam o aumento na frequência e na intensidade de fenômenos como tempestades, secas, ondas de calor e furacões.

Segundo Nobre, eventos como inundações tendem a ser cada vez mais frequentes. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional
Segundo Nobre, eventos como inundações tendem a ser cada vez mais frequentes. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional

Nobre indicou que a humanidade está perto de ultrapassar “pontos de não retorno”, nos quais já não é possível reverter os danos causados em ambientes como corais oceânicos, derretimento do gelo nos polos e desertificação de áreas florestais.

“É urgente a necessidade de adaptação, principalmente nas cidades, e também a proteção de ecossistemas que são vitais para a regulação do clima, como a Amazônia”, defendeu.

(Com informações de Itaipu Binacional)

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