
No primeiro bimestre de 2025, a hidrelétrica de Itaipu produziu 2,5% a mais de energia, na comparação com o mesmo período do ano passado.
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De acordo com a binacional, as 20 unidades geradoras tiveram produção de 13,8 milhões de megawatts-hora (MWh). Tal energia, se acumulada, seria suficiente para suprir o mundo todo por cinco horas, o Brasil por oito dias e o Paraguai por sete meses e meio.
Em termos de percentuais de cobertura, Itaipu atendeu a 7,8% de toda a demanda do sistema elétrico brasileiro e a 77% do consumo no Paraguai. Nos dois países, a hidrelétrica do Rio Paraná fechou o bimestre como a maior fonte individual dos sistemas de energia.
Conforme Enio Verri, diretor-geral brasileiro de Itaipu, a eletricidade produzida pela usina agrega confiabilidade às redes, contribuindo para a segurança operacional.
“A produção foi maior mesmo com o ano de 2025 tendo tido um dia a menos em fevereiro”, avalia Verri. “Isso corrobora a relevância de Itaipu e a capacidade da usina de apoiar prontamente o atendimento da carga dos dois sistemas quando demandada.”
Itaipu e as ondas de calor
Menos sujeita às variações enfrentadas por fontes como as energias eólica e solar, Itaipu supre demandas adicionais durante as ondas de calor.
Em muitas cidades do Brasil e do Paraguai, por exemplo, o consumo continua alto mesmo à noite, com uso intensivo de aparelhos de climatização. No período noturno, porém, já não há mais o reforço da energia gerada pelas placas solares.
“Nesse momento, as hidrelétricas, por serem uma fonte de geração flexível e controlável, aumentam rapidamente sua produção para compensar essa necessidade adicional de geração, funcionando como uma espécie de ‘bateria natural’ e colaborando para manter a segurança operacional do sistema”, detalha Renato Sacramento, diretor-técnico brasileiro.
“Este é um papel que todas as usinas hidrelétricas exercem, mas Itaipu, devido ao seu grande porte, possui uma contribuição ainda mais significativa neste aspecto”, reforça.
Recordes de consumo de energia
No Paraguai, o recorde histórico de consumo de energia no país ocorreu às 13h45 do dia 11 de fevereiro, com o uso de 5.054 megawatts simultâneos. (Nota da redação: na última terça-feira, 4 de março, houve novo recorde, de 5.122 MW às 14h11).
No Brasil, o dia 26 de fevereiro reportou a maior marca de demanda simultânea: 106.532 megawatts às 14h27.
(Com informações de Itaipu Binacional)