Lobo-guará resgatado em Foz do Iguaçu é devolvido à natureza

Encontrado ao lado de um restaurante na Avenida das Cataratas, animal recebeu cuidados no refúgio biológico de Itaipu.

O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) resgatado no último dia 12 de março, na área urbana de Foz do Iguaçu, está de volta à natureza. De acordo com Itaipu, a soltura ocorreu nessa quarta-feira (9), em uma operação conjunta entre profissionais de diversas instituições.

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Pouco comum na região de Foz do Iguaçu, o lobo foi visto pela primeira vez nas proximidades do terreno do Colégio Agrícola. Horas mais tarde, já no período da noite, abrigou-se ao lado de um restaurante na Avenida das Cataratas, onde ocorreu o resgate.

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Transporte do lobo até o local da soltura ocorreu em uma caixa.
Transporte do lobo até o local da soltura ocorreu em uma caixa. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional

Desde então, passou por exames e recebeu cuidados no Refúgio Biológico Bela Vista, administrado por Itaipu. Durante a estada no refúgio, ganhou 1,5 quilo e demonstrou bom estado de saúde.

A operação de resgate do lobo teve a participação de profissionais do Projeto Onças do Iguaçu, Eco Park Foz, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Itaipu Binacional, bem como da Polícia Militar Ambiental.

Já a soltura contou com o envolvimento de várias das mesmas instituições, que definiram, entre outros pontos, o local apropriado para o retorno à natureza. O lobo-guará recebeu também um colar com GPS, para acompanhamento de seus passos pelos pesquisadores.

“Queremos entender como esses animais estão se adaptando ou expandindo seu território em áreas como Foz do Iguaçu”, explicou o biólogo Pedro Teles, de Itaipu.

O lobo-guará prefere viver em espaços com características de campos. Assim, no Paraná, a espécie está adaptada a ambientes como os das regiões de Guarapuava e Ponta Grossa. Conforme os registros, em Foz do Iguaçu e locais de matas mais densas, há poucas aparições.

Soltura do lobo-guará

Transportado em uma caixa, o lobo hesitou em sair no primeiro momento, gerando ansiedade entre os profissionais participantes da soltura. Após alguns minutos, desceu em direção a um riacho e saiu do campo de vista dos pesquisadores.

Momento em que o animal deixou a caixa e partiu em direção a um riacho próximo.
Momento em que o animal deixou a caixa e partiu em direção a um riacho próximo. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional

“Sentimos que cumprimos nosso dever ao contribuir para sua conservação. Foi uma experiência nova e muito especial para todos nós”, definiu Alessandra Borges, bióloga do Eco Park Foz.

(Com informações de Itaipu Binacional)

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