Localizada no Rio Paraná, a usina de Itaipu, pertencente ao Brasil e ao Paraguai, foi certificada pelo Guinness World Records, o livro mundial dos recordes, com o título de “maior produção acumulada de energia hidrelétrica”.
Leia também:
Itaipu é destaque em conferência internacional sobre bioenergia
A certificação foi entregue em cerimônia realizada no Edifício da Produção, nesta sexta-feira (1.º), com a presença da juíza oficial do Guinness, Natalia Ramírez Talero, e dos diretores-gerais de Itaipu, Enio Verri (Brasil) e Justo Zacarías Irún (Paraguai).
O reconhecimento contempla o período entre maio de 1984, quando teve início a geração comercial de energia, e outubro de 2024. No período de pouco mais de 40 anos, foram produzidos 3,038 bilhões de megawatts-hora (MWh), marca inédita no planeta.
Se pudesse ser acumulada, tal produção seria suficiente para abastecer o mundo inteiro por 43 dias e 17 horas. Já o Brasil teria energia garantida por 4 anos, 8 meses e 14 dias, enquanto o Paraguai estaria com o consumo assegurado por quase 138 anos.
Natalia Ramírez Talero explicou que a concessão do título só ocorreu após estudo detalhado, verificação de documentos e consultas a especialistas do setor elétrico.
“Itaipu tem uma vantagem muito ampla nesse processo, porque são 40 anos de produção. E o que nós estamos buscando não é somente um valor específico, mas premiar a consistência”, detalhou a juíza.
“O propósito por trás disso é enaltecer o trabalho de uma empresa que é binacional, que produz energia sustentável, que é a energia que o mundo hoje precisa. Queremos que mais pessoas possam se interessar por esse tipo de energia”, complementou.
Justo Zacarías Irún, diretor-geral paraguaio, recordou que a certificação chega no momento em que Itaipu celebra 50 anos de constituição e 40 anos de operação. Enio Verri, diretor-geral brasileiro, resgatou o simbolismo histórico do título.
“Essa conquista é um símbolo gigantesco do compromisso de trabalhadores e trabalhadoras que construíram essa imensa obra e que têm um compromisso histórico com os seus países. Porque graças a essa obra nós pudemos ter mais riqueza, desenvolvimento e uma sociedade mais justa”, afirmou.
A cerimônia de certificação do Guinness World Records foi acompanhada por diretores e conselheiros da binacional, entre eles o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
(Com informações de Itaipu Binacional)