Foz do Iguaçu será contemplada com o projeto Cozinha Solidária

Itaipu Binacional assinou, nessa quarta-feira (2), protocolo de intenções com o governo federal para investimentos em sete cozinhas.

Itaipu Binacional e representantes do governo federal firmaram, nessa quarta-feira (2), protocolo de intenções para a iniciativa Cozinha Solidária Sustentável, que prevê a instalação de biodigestores e outras tecnologias limpas de energia em locais utilizados para a preparação de alimentos.

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De acordo com Itaipu, sete cozinhas serão contempladas, uma delas em Foz do Iguaçu, na Casa de Acolhida Filhos Prediletos. As outras serão nas cidades de Fortaleza (CE), Brasília (DF), São Leopoldo (RS), Rio de Janeiro (RJ), Boa Vista (RR) e Ananindeua (PA).

A iniciativa Cozinha Solidária Sustentável também irá instalar placas solares nas unidades apoiadas, para garantir a produção de energia elétrica. O projeto prioriza cozinhas chefiadas por mulheres (especialmente mulheres negras) e que precisem de suporte e apoio.

A assinatura, ocorrida em paralelo aos eventos do G20 na Terra das Cataratas, teve a participação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; da ministra da Mulher, Cida Gonçalves; do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi; do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri; e dos demais diretores brasileiros e paraguaios da binacional.

“O índice de mulheres que se ferem por falta de dinheiro para controlar o gás é altíssimo, e isso não aparece nas estatísticas”, ponderou Verri, citado pela assessoria. “A existência do projeto da economia solidária é crucial para a socialização do alimento.”

“Começaremos com sete cozinhas, que servirão como protótipos, mas pretendemos chegar a cem cozinhas. A Itaipu assume essa missão como uma obrigação, determinada pelo presidente Lula”, afirmou o diretor-geral brasileiro.

Já a secretária nacional de Segurança Alimentar, Lilian dos Santos Rahal, destacou a importância da colaboração entre diversos órgãos, como o Ministério de Minas e Energia, a Secretaria-Geral da Presidência, e Itaipu Binacional.

“Este momento é crucial para celebrarmos parcerias que visam apoiar as cozinhas solidárias, especialmente aquelas que atendem populações em situação de vulnerabilidade”, avaliou.

Desde o início de 2023, o governo federal já mapeou 2,4 mil cozinhas solidárias, das quais 336 passaram a receber algum tipo de apoio, como alimentos provenientes da agricultura familiar.

A iniciativa Cozinha Solidária Sustentável foi lançada como um projeto-piloto que visa a integrar a segurança alimentar com práticas sustentáveis em todo o Brasil.

A abordagem proposta não apenas busca reduzir os custos operacionais das cozinhas ao eliminar a dependência do gás convencional, mas também contribuir para a sustentabilidade ambiental ao minimizar o desperdício.

O projeto enfatiza a importância da inclusão social e da equidade de gênero, já que muitas das cozinhas são geridas por mulheres. Segundo Itaipu, o acompanhamento será realizado por gestores especializados nas áreas ambiental e de gênero, garantindo que as práticas sustentáveis sejam implementadas de forma eficaz.

(Com informações de Itaipu Binacional)

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