Itaipu Binacional está ampliando o uso de drones para ações de inspeção, manutenção e fiscalização na usina, em locais como as redes de transmissão, obras em andamento e áreas de proteção ambiental.
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Em material divulgado à imprensa, nesta segunda-feira (25), a binacional relata que um dos equipamentos, pertencente à Superintendência de Manutenção, possui uma câmera térmica, que permite identificar pontos de calor nas linhas de transmissão de energia.
Uma das vantagens, segundo o técnico Rodrigo Corisco Blosfeld, é a economia de tempo. “O período necessário para que uma pessoa se prepare para subir em uma torre e verificar seus componentes é significativamente reduzido com o uso de drones”, indica.
O acesso a lugares remotos, tais como sobre o reservatório, também é facilitado com o uso dos equipamentos voadores, cujas imagens são verificadas, catalogadas e arquivadas.
No momento, a equipe da Superintendência de Manutenção está verificando quatro linhas de 500kV 50Hz que saem da usina e vão até a subestação do lado paraguaio da Itaipu. Somadas a outras quatro linhas de 500kV 60Hz, que ligam a usina à subestação de Furnas, no lado brasileiro, são quase 65 quilômetros de linhas.
Inspeção de canteiros de obras
Os drones também estão presentes na inspeção de obras como a da ampliação do almoxarifado. O equipamento tira fotos com alta precisão, que depois são transformadas em dados e convertidas em um modelo 3D da construção.
“O drone está equipado com um GPS de alta definição e precisão. Cada foto está referenciada no espaço com uma precisão de um ou dois centímetros”, explica o técnico Elder Alejandro Baez Flores.
Mapeamento de rios e lagos
A Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos também utiliza um drone nas atividades da hidrologia de campo, fornecendo dados hidrológicos confiáveis para as operações da hidrelétrica do Rio Paraná.
“Antigamente, a equipe da hidrologia precisava desbravar áreas densas de vegetação para chegar até locais de interesse ou para realizar a medição da geometria do terreno”, informa o engenheiro Luiz Henrique Maldonado, da Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos.
“Agora, com o uso de drone, é possível realizar medições a distância e visualizar em tempo real a situação do terreno, sendo muito útil para entender a situação dos rios durante as cheias, identificar extravasamento de água e objetos flutuantes, e planejar a melhor rota de navegação para evitar obstáculos”, complementa.
Atualmente, 90% da equipe do setor de campo, composta por brasileiros e paraguaios, está habilitada para pilotagem de drones. Eles tiveram acesso a cursos de pilotagem básicos e avançados, ministrados pelo Itaipu Parquetec.
(Com informações de Itaipu Binacional)