Com apoio de Itaipu, Brasil deve liderar iniciativas globais em biogás

Evento promovido pela associação mundial do setor ocorreu em paralelo às reuniões do G20 em Foz do Iguaçu.

Foz do Iguaçu recebeu, nessa terça-feira (1.º), no Viale Cataratas Hotel, o World Biogas Association (WBA) Congress Brazil 2024, evento promovido pela Associação Mundial do Biogás, para falar sobre a importância do setor para as políticas de transição energética.

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A cerimônia de abertura teve a participação da diretora-executiva da WBA, Charlotte Morton, e do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri. A hidrelétrica é uma das principais apoiadoras de tecnologias ligadas ao biogás em território brasileiro.

Diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, discursou na abertura do evento. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional
Diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, discursou na abertura do evento. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional

Verri recordou que as iniciativas de Itaipu no desenvolvimento da cadeia do biogás já acontecem há 15 anos e auxiliaram na criação de um marco regulatório nacional sobre o tema.

“A história de Itaipu é uma história de comprometimento com o meio ambiente e com a construção de alternativas energéticas. E isso não começou agora em 2024, desde 2008 já existe esse debate. Portanto, a nossa experiência com o biogás surge de um compromisso que está em nossa missão, de produzir energia de qualidade barata, mas também com este compromisso socioambiental”, afirmou o diretor, citado pela assessoria.

Já Charlotte Morton considerou que “os olhos do mundo estão no Brasil”, com o país ocupando posição de destaque na área de biocombustíveis no cenário internacional. “Realmente, o Brasil está falando a mesma língua que nós falamos na WBA”, resumiu.

“Estamos aqui não apenas por causa da liderança renovada do Brasil na cooperação global, mas porque o Brasil é um exemplo do poder da bioenergia, com um grande potencial de biogás e um foco político claro no biogás do futuro”, concluiu a diretora.

Na segunda-feira (30), véspera do evento, os participantes do congresso fizeram uma visita técnica à unidade mantida por Itaipu para a produção de petróleo sintético, ficando impressionados com a tecnologia utilizada.

“Nós trouxemos pessoas de mercados de biogás muito avançados ao redor do mundo e eles ficaram surpresos ao ver que a instalação da Itaipu é muito mais avançada do que os mercados mais avançados. Essa planta de biogás pode gerar muito valor para facilitar as empresas a entender como elas podem desenvolver novos produtos que possam ter um valor maior. Acho isso fantástico”, avaliou Morton.

Segundo a diretora, a humanidade produz 105 bilhões de toneladas de resíduos orgânicos todo ano, um potencial imenso para a produção do biogás, que poderá responder por até 9% do consumo energético mundial e gerar até 15 milhões de empregos.

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