Itaipu divulga balanço das ações de 2024, ano do cinquentenário

Entidade que administra a hidrelétrica do Rio Paraná completou 50 anos de constituição e 40 de geração comercial de energia.

A diretoria brasileira de Itaipu divulgou, nessa segunda-feira (30), um balanço com as ações de 2024. O ano trouxe dois marcos emblemáticos para a história da empresa: os 50 anos de constituição e os 40 anos de geração comercial de energia.

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A hidrelétrica do Rio Paraná também ultrapassou a marca de três bilhões de megawatts-hora produzidos desde 1984. Tal registro, o maior do planeta, garantiu a inserção da usina no Guinness World Records, o livro mundial dos recordes.

Enio Verri, diretor-geral brasileiro de Itaipu, destacou que, além da produção de energia, a empresa reforçou seus investimentos em programas sociais e ambientais.

“Itaipu chega assim, ao cinquentenário, com o olhar voltado ao futuro, reafirmando sua vocação original de produção de energia limpa e renovável, mas também deixando um legado de responsabilidade socioambiental que inspira gerações presentes e futuras”, afirmou Verri, citado pela assessoria.

Itaipu e a sustentabilidade

A dimensão socioambiental de Itaipu ganhou projeção global em eventos como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), no Azerbaijão. Outro evento foi o encontro do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, em Foz do Iguaçu.

A binacional também esteve na Cúpula de Líderes do G20 e G20 Social, no Rio de Janeiro. Devido à atuação da usina, inclusive, Foz do Iguaçu foi a única cidade do interior do Brasil a sediar eventos do G20 em 2024.

Com o programa Itaipu Mais que Energia, criado para intensificar a proteção ambiental e social, a usina apoia os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Convênios de Itaipu com a Caixa

No final de 2023, a empresa lançou um novo edital do programa Itaipu Mais que Energia. A iniciativa ocorre em parceria com a Caixa Econômica Federal, responsável pela gestão dos recursos, fiscalização e pagamento das obras.

Na primeira fase, foram aportados mais de R$ 931 milhões, com coparticipação de quase R$ 119 milhões das prefeituras. Conforme Itaipu, o foco esteve nos investimentos em obras e projetos estruturantes.

O segundo edital, que segue aberto, com aporte de mais R$ 400 milhões, está destinado a projetos para populações em situação de vulnerabilidade social, de baixa renda, com deficiência, povos originários, afrodescendentes e assentados(as) da reforma agrária.

Em Foz do Iguaçu, Itaipu firmou convênio com o Itaipu Parquetec, bem como prefeitura e Fozhabita, para construir 254 habitações populares no sistema Wood Frame, que oferece maior conforto térmico e acústico e gera menos resíduos.

As casas vão beneficiar famílias que ocupam há mais de 30 anos a Vila Brás, local de risco junto ao Rio Poty (nascente do Rio Boicy) e classificado como Área de Preservação Permanente (APP).

As primeiras 52 unidades têm previsão de entrega no primeiro semestre de 2025. Os recursos para a construção foram obtidos com os leilões de casas pertencentes à usina na Vila A, bairro construído por Itaipu na década de 1970.

Ações de Itaipu para comunidades indígenas

Em 2024, Itaipu firmou convênio com o governo do Mato Grosso do Sul para melhorar e ampliar os sistemas de abastecimento de água em 18 aldeias da região de Ponta Porã (MS), beneficiando cerca de 35 mil indígenas.

No Paraná, a empresa também se dispôs a comprar áreas para assentamento dos grupos avás-guaranis que reivindicam terras na região de Guaíra e Terra Roxa.

Além disso, por meio da Diretoria de Coordenação e do projeto Opaná: Chão Indígena, a binacional promove outras ações nas aldeias, como a distribuição de sementes, entrega de kits de pesca, fomento às atividades culturais e capacitações.

Capacitação de servidores públicos

Itaipu também investiu em cursos gratuitos de pós-graduação para quase 20 mil servidores públicos paranaenses, em parceria com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP).

As especializações incluíram temas como autismo, alfabetização e letramento, bem como licitações e contratos, gestão do esporte e lazer. Conforme Itaipu, servidores de prefeituras de pequenas cidades tiveram a oportunidade de participar da iniciativa.

Retomada das obras da Unila

Um dos grandes avanços de 2024, segundo Itaipu, foi o lançamento do edital para finalização do Campus Arandu, última obra desenhada por Oscar Niemeyer, para a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

Com investimento da usina, a retomada está sendo conduzida pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), especializado em obras e infraestrutura.

Serão concluídas as edificações iniciadas antes da paralisação em 2014, incluindo restaurante universitário, edifício administrativo, bloco de salas de aula e outras estruturas essenciais. De acordo com o UNOPS, a atual etapa é de lançamento dos editais.

(Com informações de Itaipu Binacional)

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