Paraná decreta emergência por estiagem e clima seco

Levantamento do governo contabilizou, só em agosto, cerca de 20 mil focos de calor; veja orientações.

O Paraná está sob situação de emergência decorrente da estiagem que atinge vários municípios desde o mês passado. O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) assinou o Decreto 7.258/2024 nessa quarta-feira, 4.

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Levantamento do governo contabilizou, só em agosto, cerca de 20 mil focos de calor, aproximadamente seis vezes mais do que foi registrado no mês anterior. A situação emergencial instituída formalmente abarca:

  • autorização de dispensa de licitação em contratos de prestação de serviços, obras e aquisição de bens necessários ao combate à estiagem por até 180 dias; e
  • reforço na mobilização dos órgãos estaduais, com a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil à frente.

“A situação é causada pela sequência de dias com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar”, informou a Agência Estadual de Notícias (AEN). O efeito imediato é o aumento dos riscos de incêndios florestais.

Tempo seco

Nos primeiros oito meses do ano, foram registradas mais de dez mil ocorrências de incêndio em todo o estado, conforme o Corpo de Bombeiros. A previsão é de que essa condição do tempo persista até pelo menos a metade deste mês.

A baixa umidade relativa do ar e temperaturas altas devem prevalecer entre os dias 7 e 15 de setembro, indicam órgãos como Simepar e Defesa Civil. Essa previsão é para todas as regiões do estado.
O Simepar estima que a média da umidade relativa do ar mínima para a semana seja inferior a 20% nas regiões Norte e Noroeste, por exemplo. E a temperatura máxima média deve ser superior a 30°C em quase todo o estado.

“Teremos uma onda de calor e clima seco em quase todo o estado, exceto no litoral”, afirmou o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar. “Quando isso acontece por dias seguidos, as condições ficam favoráveis para a ocorrência dos incêndios, por isso o cuidado deve ser redobrado neste período”, complementou.

Cuidados

Com as atuais circunstâncias do tempo, a população precisa ficar atenta aos alertas emitidos pela Defesa Civil às unidades regionais dos bombeiros. A corporação atua, com efeito, de maneira mais ágil aos focos que surgem.

E a população deve adotar os seguintes cuidados:

  • não utilizar fogo para limpeza de terreno;
  • não queimar lixo;
  • não soltar balão;
  • fazer a destinação correta de material vegetal, evitando montes de folhas e galhos;
  • avisar os bombeiros quando avistar um foco de incêndio; e
  • ficar alerta a locais remotos, onde os incêndios podem ser de maiores proporções.

(As informações são da Agência Estadual de Notícias.)

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