
Uma mulher entregou bilhete com pedido de socorro em supermercado, e a Polícia Militar do Paraná (PMPR) prendeu homem acusado de ser o agressor da esposa. Uma funcionária do estabelecimento recebeu a anotação e acionou a polícia pelo telefone 190.
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O caso foi em Sarandi, no Noroeste do estado, e é revelador do absurdo a que mulheres submetidas a violência são obrigadas. A vítima, que fazia compras com o agressor no mercado, anotou o seu endereço no bilhete e indicou que corria risco de morte.
O pedido de ajuda dizia: “Chama a polícia que ele vai me matar.”
Bilhete de socorro
A viatura mais próxima da casa se deslocou ao endereço de forma rápida. A mulher, assustada, abriu o portão para que os policiais abordassem o suspeito, que possui passagem por violência doméstica. Ele foi encaminhado à delegacia e preso.
“O agressor, que já tinha passagem por violência contra mulher, foi detido e encaminhado à delegacia. O Paraná não é lugar pra ‘machão de cozinha’”, afirmou o secretário de estado da Segurança Pública, Hudson Teixeira. Ele destacou a ação rápida da Polícia Militar.
Segurança e gênero
A secretaria indica queda nos homicídios dolosos, furtos e roubos, além da redução no número de feminicídios nas cidades do estado. O Paraná mantém o programa Mulher Segura, braço da Operação Vida, que é realizada em municípios com altos índices criminais.
A queda foi de 18% nos crimes de feminicídio nas 20 cidades que receberam o programa no ano passado (foram 37 casos em 2024 e 45 em 2023), enumera a secretaria. Mas o problema ainda é grave: ocorreram 109 feminicídios no último ano.
(Com informações da Agência Estadual de Notícias)