
A marcha pelo Dia Internacional da Mulher, neste sábado, 8, às 9h, irá cobrar justiça para Zarhará Hussein Tormos e elucidação do caso. A estudante iguaçuense, de 25 anos, foi encontrada morta em seu próprio carro, amarrada e com marcas de tiro, pelas informações da polícia.
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Ao pedir resposta contundente das autoridades, o movimento visa a denunciar a violência diária cometida contra as mulheres, que ocorre em todos os espaços sociais. O país é o quinto em número de assassinatos de mulheres no mundo, cita a organização da marcha.
O Dia Internacional da Mulher em Foz do Iguaçu contará com participantes vindos de cidades argentinas e paraguaias, e da Microrregião Oeste.
Além de pedir o fim de todas as formas de violência de gênero, a Marcha das Mulheres ainda terá como pauta a garantia de igualdade salarial entre mulheres e homens. Apesar de haver lei prevendo equidade de remuneração, trabalhadoras ganham em média 20% a menos.
“O enfrentamento da violência deve ser assumido como um compromisso de toda a sociedade”, enfatiza a professora Madalena Ames, uma das organizadoras da marcha. “Convocamos a população de Foz do Iguaçu para fortalecer a marcha no 8 de Março, por Zarhará e por todas as mulheres e meninas que são vítimas da violência diária”, conclui.
Zarhará Tormos
A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil investiga o assassinato de Zarhará Tormos. O corpo dela foi encontrado na sexta-feira, 28, no banco traseiro do próprio carro, um veículo Chevrolet Onix, no Remanso Grande, dois dias depois de a família registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento.
A polícia afirma que recolheu material para exames, analisa imagens de câmeras e recolheu depoimentos. Em um comunicado, expressou que a investigação avançou, mas que não daria detalhes para não atrapalhar a apuração que busca solucionar o caso do assassinato de Zarhará Tormos.
Mulheres e meninas são vítimas
Mulheres, jovens e meninas são submetidas a diversas formas de violência, como assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência doméstica e psicológica, perseguição e feminicídio. Em apenas cinco meses de 2024, foram formalizados mais de 380 mil casos de violência contra a mulher, conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sendo 2,5 mil novas ações judiciais por dia no país.
São crimes de violência doméstica contra a mulher, estupro e feminicídio. Os números são alarmantes e podem ser ainda maiores, porque muitas mulheres passam por abuso sexual dentro de uma relação e podem não denunciar, inclusive por constrangimento ou por normalizar situações de agressividade na família.
Marcha das Mulheres
A marcha do Dia Internacional da Mulher é organizada por um conjunto de entidades da sociedade civil, partidos políticos, sindicatos e conselhos populares, sendo um convite a toda a sociedade. A concentração acontecerá no Bosque Guarani às 9h, seguindo em passeada às 10h até a Praça da Paz, onde haverá um ato político e cultural.
Dia Internacional da Mulher
Data: 8 de março (sábado)
Concentração: Bosque Guarani (atrás do terminal de ônibus), às 9h
Início da marcha: 10h
Trajeto: da Avenida Brasil até a Praça da Paz
(Com informações da APP-Sindicato/Foz)
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