Fotos mostram que a “chatarra” não poderia estar circulando nem vazia.
O fotojornalista paraguaio Oscar Florentin publicou em sua página no Facebook fotos que mostram a situação do ônibus “chatarra” (sucata, em espanhol) que atendia o transporte coletivo de Ciudad del Este, até provocar um acidente na última quinta-feira, 3.
Quase não dá pra acreditar. Pneus totalmente carecas, volante e partes do coletivo amarradas com cordas, parachoques se desfazendo… E, no entanto, só agora a Prefeitura de Ciudad del Este rescindiu o contrato com a empresa Mburucuyá.
Na quinta-feira, o volante do ônibus se desprendeu e o veículo cruzou as duas pistas da Ruta PY02, na altura do quilômetro 5,5, chocando-se contra uma motocicleta em que viajava um casal, Juan Ramón Escobar e Cecilia Rocío León.
Juan morreu no final de semana, depois de mais de 72 horas internado no Hospital Regional de Ciudad del Este, como noticiou o jornal La Clave. A mulher dele ainda luta pela vida, com quadro delicado, no mesmo hospital.
OUTRO ACIDENTE EM 2018
O mesmo ônibus, de acordo com o jornal La Clave, já havia sofrido um acidente, em agosto de 2018, quando perdeu uma das rodas e quase se chocou contra uma árvore na Avenida Monseñor Rodríguez.
Seria outro acidente que poderia ter uma vítima fatal, mas “por milagre” não aconteceu, disse o jornal.
“Milagre” mesmo, considerando-se as condições do veículo. É só vendo ao vivo ou as fotos para acreditar que o transporte coletivo de Ciudad del Este utilize ônibus nessas condições.
SEM AUTORIZAÇÃO
Mas, de acordo com a vereadora do Movimento Consciência Democrática, Valeria Romero, o ônibus que causou o acidente fatal não estava habilitado para o transporte coletivo e havia desviado da rota, quando circulou pelo local em que houve o acidente.
Mas essa não é a única “chatarra” que transporta passageiros em Ciudad del Este. Nas redes sociais, os internautas apelam ao prefeito para que haja maior controle do transporte público e que se impeça de utilizar as sucatas.
AS INCRÍVEIS FOTOS DO ABUSO CONTRA O CIDADÃO
Comentários estão fechados.