H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Não tinha como se desculpar: o vice-ministro de Atenção Integral à Saúde do Paraguai, Juan Carlos Portillo, foi filmado no domingo, 23, na festa de aniversário de sua noiva, a modelo Maga Caballero, e amigos e amigas do casal.
Com muita cantoria e danças, obviamente não houve cumprimento de nenhum dos protocolos sanitários que o Ministério de Saúde Pública tanto divulga, no combate à pandemia de covid-19.
Segundo o jornal Última Hora, Portillo apresentou sua renúncia ao ministro de Saúde Pública, Julio Mazzoleni, ainda no domingo. E no mesmo dia, pelo Twitter, o ministro disse que acabara de aceitar o pedido.
Também pelo Twitter, o vice-ministro se desculpou, nesta segunda-feira, 24: “Cometi um erro e assumo as consequências de meus atos. Agradeço a todos o que me deram sua confiança ao longo do tempo. E peço desculpas à população pela mensagem equivocada que transmiti”.
O jornal La Nación conta que a noiva do ministro se justificou via Twitter: “Todos os participantes (da festa) compartilhamos atividades sociais há tempos e são rastreáveis em caso de necessidade”, dando a entender que haveria controle se surgisse um caso de covid-19.
O que gerou muita revolta no caso é que Portillo foi sempre um defensor intransigente dos protocolos sanitários e sempre responsabilizava as pessoas que não cumprem as medidas de proteção pela propagação da doença no país.
Ainda há poucos dias, advogou o uso de máscaras e reseito ao distanciamento social, entre outros pontos necessários para a contaminação pelo vírus, conforme o ABC Color.
Observação
O título da matéria é só uma brincadeira, que compara a festa em que o ministro participou às “festas da covid” feitas por universitários americanos, principalmente, em que até gente com o vírus é propositalmente convidada.
É uma rebeldia idiota, de gente que não acredita no vírus e que acaba transmitindo a doença a familiares e amigos que nele acreditam.
Muitas pessoas morrem como resultado dessas tais festas e do relaxo de maneira geral que muitos insistem em adotar como forma de desacreditar a ciência médica.
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