Turismo de Puerto Iguazú pede a reabertura da Ponte Tancredo Neves

Depois que o governo argentino suspendeu os voos de cabotagem, que começariam em setembro, eles dizem que esta é a única saída para o setor.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Começou em Foz e Ciudad del Este. Agora, “pegou” também em Puerto Iguazú: os empresários de turismo da cidade argentina querem a reabertura da Ponte Tancredo Neves, informa o site El Independiente Iguazú. Só não sabem ainda como vão convencer as autoridades do país.

A intenção de reivindicar a reabertura foi reforçada depois que o governo voltou atrás na intenção de liberar os voos de cabotagem em setembro, como tinha anunciado, inclusive permitindo a venda de passagens para o mês que vem.

Agora, o setor turístico quer que seja analisada com urgência a possibilidade de operar voos entre cidades argentinas e o aeroporto de Foz do Iguaçu, além de receber turistas brasileiros. Nos dois casos, seria preciso reabrir a fronteira.

“Está insustentável pagar os salários e os encargos sociais. É impossível continuar”, disse Marcelo Ghione, do comitê executivo da Associação de Hotéis da Argentina. “Hoje (quarta) tivemos uma reunião a nível nacional e as perspectivas para o turismo são muito desalentadoras. Acabaram jogando por terra todas as ilusões”, lamentou.

“Iguazú não pode planejar um futuro sem que a Ponte Tancredo Neves seja aberta e tenhamos conectividade com o Brasil”, disse ainda. Para isso, ele concordou que devam ser feitos protocolos estritamente controlados, “os mais exigentes do mundo, se quiserem”.

“As empresas hoteleiras, os guias de turismo, os taxistas já não aguentam mais as fronteiras fechadas. E esta notícia (da suspensão dos voos) termina de nos enterrar, porque estamos em uma situação limite.”

Segundo o empresário, o principal centro emissor de turismo argentino para Puerto Iguazú é Buenos Aires, justamente o epicentro da pandemia no país. Quando foi anunciada a retomada dos voos, houve a esperança de recuperação.

Ele lembrou – sem citar que foi a empresa Aerolíneas Argentinas – que houve até uma grande promoção de vendas de passagens aéreas (5.600 só para Puerto Iguazú), mas agora os hoteleiros terão que devolver dinheiro, “porque houve passageiros que fizeram reservas para setembro, outubro e novembro”, contou.

Patricia Durán Vaca, presidente da Federação de Câmaras de Turismo de Misiones e presidente da filial em Puerto Iguazú da Associação de Hotéis de Turismo da Argentina, reforçou a argumentação de Ghione.

Segundo ela, “uma semana antes estávamos superesperançosos, porque foi lançada a hot sale em que se vendeu bastante bem. Nós fazemos sempre tudo planejado, mas não sabemos quando vamos abrir, e esta incerteza obviamente provoca pânico em todos”.

“Faz cinco meses que as empresas estão com as portas fechadas. As persectivas para o turismo são desalentadoras”, concluiu Patrícia Durán.
 

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