Saúde de Foz receberá meio milhão de médico em processo de improbidade administrativa

Dinheiro deverá ser para o combate à covid-19, resultante de acordo entre réu e Ministério Público.

O sistema de saúde pública de Foz do Iguaçu será ressarcido em R$ 500 mil por médico que respondeu a processo por improbidade administrativa, sob acusação da 6ª Promotoria de Justiça. O recurso deverá ser empregado no combate à covid-19. 

O acordo persecução, que encerra o processo, foi firmado por meio do Ministério Público do Paraná (MPPR) e o núcleo iguaçuense do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria). 

O profissional foi processado civil e criminalmente por desvio de verbas públicas. Ele e sua clínica médica restituirão R$ 254.544,76 aos cofres públicos da cidade e pagarão o mesmo valor em multa.

O médico ainda precisará prestar 30 horas semanais de serviços comunitários, até atingir 760 horas, que deverão ser cumpridos em até dois anos. 

O meio milhão de reais será para o Fundo Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, para uso “em ações de combate à atual pandemia de coronavírus”, informou a assessoria do MPPR. Os acordos firmados dependem de homologação do juiz criminal do Conselho Superior do Ministério Público.

O MPPR explicou que acordos de não persecução passaram a ser permitidos em 2019, em ações de improbidade administrativa, possibilitando soluções judiciais por meios alternativos ao proposto no processo. 

Com isso, ocorre mais rapidez e efetividade na reparação dos danos. “Na área criminal, os acordos de não persecução são permitidos nos casos de crimes com pena privativa de liberdade mínima inferior a quatro anos, cometidos sem violência ou grave ameaça, quando houver confissão formal e o acordo se mostrar suficiente para a reprovação e prevenção do delito”, relata a promotoria.

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