Ronaldinho e o irmão podem voltar ao Brasil. Preço da passagem: mais de R$ 1 milhão

A Justiça paraguaia liberou Ronaldinho e Roberto, atendendo pedido dos promotores, mas eles tiveram que pagar multa por “danos sociais”.

H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Acabou o calvário do ex-jogador Ronaldinho e de seu irmão Roberto de Assis Moreira, presos no Paraguai desde março, por uso de documentos de conteúdo falso.

O juiz Gustavo Amarilla atendeu o pedido dos promotores Federico Delfino, Alicia Sapriza, Marcelo Pecci e Osmar Legal.

Eles queriam a suspensão condicional do processo contra Ronaldinho e a aplicação de um procedimento abreviado para Roberto, como noticia o jornal Última Hora.

Em relação a Ronaldinho, os promotores disseram que estava em posse de passaporte e identidade paraguaios, por isso foi processado pelo uso de documentos públicos de conteúdo falso.

Já sobre Roberto de Assis Moreira, disseram que foi ele quem contatou com o grupo criminoso que confeccionou os documentos, além de também tê-los em seu poder.

O juiz Gustavo Amarilla sentenciou Roberto a uma pena de dois anos de cadeia, mas com suspensão da execução pelo mesmo prazo. Dispôs, ainda, que ele deveria doar US$ 110 mil (R$ 615 mil) como reparação de dano social. Assim como Ronaldinho, deverá fixar domicílio no Brasil.

Segundo o juiz, o dinheiro de Roberto será destinado ao Ministério da Justiça, para a compra de insumos sanitários e equipamentos de biossegurança para agentes carcerários de todo o país.

Ronaldinho, por sua vez, doará US$ 90 mil (R$ 500 mil), que serão destinados ao Hospital de Clínicas e ao tratamento da menina Bianca, que sofre de Atrofia Muscular Espinal.

Como os dois irmãos já haviam depositado US$ 1,6 milhão como fiança, terão de volta US$ 1,4 milhão, descontada a quantia para reparar dano social.

Ronaldinho Gaúcho e Roberto cumpriram prisão preventiva no Agrupamento Especializado da Polícia Nacional, e desde 7 de abril estão em prisão domiciliar em um hotel de Assunção.

Os dois chegaram a Assunção no dia 4 de março, para Ronaldinho apoiar com sua imagem um programa de assistência social a meninos e meninas do Paraguai.

Eles saíram do Brasil com seus documentos, mas no aeroporto de Assunção apresentaram passaportes paraguaios “autênticos, mas de conteúdo falso”.

A empresária Dália López, que convidou Ronaldinho a ir ao Paraguai, está com ordem de captura desde março, mas está foragida. Contra ela, há uma ordem de prisão internacional, expedida pelo juiz Amarilla.

Os advogados dela, segundo o jornal ABC Color, disseram que a processada não quer se apresentar à Justiça “porque não lhe agrada a possibilidade de ir à prisão”, como pediu o Ministério Público.

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