*Com colaboração de Denise Paro
Nesta quarta-feira (11), Foz do Iguaçu e região amanheceram mais uma vez com clima seco e muita fumaça no céu. A situação deve piorar ainda mais nesta quinta-feira (12), conforme informações da plataforma internacional IQAir, que reúne dados da poluição do ar em tempo real de diversas partes do mundo.
Com base em dados coletados na estação de qualidade do ar instalada no campus de Medianeira da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), o índice de PM2.5 (partículas atmosféricas inferiores a 2,5 mícrons), registrado na manhã desta quarta-feira (11), estava acima de 150, considerado “pouco saudável” em uma escala que classifica até 50 uma situação “boa” e “moderada” para índices de até 100.
Nesse cenário, a recomendação é que pessoas com doenças respiratórias, como asma, e crianças evitem esforços prolongados ao ar livre. De acordo com a IQAir, a situação tende a piorar nesta quinta-feira (12), com os índices variando entre 154 e 185. Na sexta-feira (13), a previsão é de diminuição para a faixa de 150-175, ainda dentro da classificação de “pouco saudável”.
A situação deve começar a melhorar no sábado (14), com o registro de índices moderados, e voltar ao nível de poluição atmosférica considerado bom no domingo (15), quando os índices devem ficar entre 8 e 27.
Presença de rios ajuda a amenizar, mas não é o suficiente
Fabiana Bezerra Mangili, analista do setor de Inteligência e Gestão Territorial do Itaipu Parquetec, explica que a fumaça, resultado de diversos focos de incêndio irregulares, tais como no Pantanal e na Amazônia, chega a Foz do Iguaçu pelo mesmo trajeto percorrido pela umidade amazônica.
A condição na cidade fica pior porque o clima, com o impacto de uma massa de ar seco, potencializa os efeitos na qualidade do ar, tornando-o insalubre. Somada a isso há ainda uma onda de calor que provoca elevação na temperatura.
Segundo Fabiana, a presença dos rios Paraná e Iguaçu garante um incremento de umidade local no ar, porém não impede que a população sinta os efeitos. “Em situações críticas como a qual estamos passando, não há garantias que não sejamos afetados.”
O Núcleo de Inteligência Territorial (NIT) da Itaipu Binacional e Itaipu Parquetec monitora o risco de incêndio na faixa de proteção do reservatório de Itaipu Binacional e a ocorrência dos eventos extremos do clima, como as ondas de calor.
Esse tipo de monitoramento é essencial para a tomada de decisões de prevenção e contenção dos impactos dessas variações meteorológicas – com influência humana.
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