Com a necessidade de isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19, um dos setores mais afetados foi o da Educação.
Escolas, faculdades e cursinhos tiveram que suspender atividades presenciais de imediato e se adequarem a uma nova realidade digital, que ultrapassou os limites do que já era praticado com o ensino a distância (EaD).
A mudança repentina exigiu uma capacidade de adaptação muito grande de estudantes e professores e, ao mesmo tempo, aqueceu o mercado de cursos pela internet.
A Classpert, maior buscador de cursos on-line do mundo, registrou alta de 37% nas pesquisas ao seu site durante os meses de março e junho deste ano, se comparado a igual período de 2019.
Os assuntos que despertaram maior interesse são voltados para áreas de Ciência da Computação, Saúde e Bem-Estar e Negócios, com qualificações das mais gerais às mais técnicas, como a linguagem de programação Python, que está em alta no momento.
Independente do ramo, o formato digital permite oferecer exatamente o que as pessoas estão procurando, segmentando no detalhe as demandas dos mais variados públicos.
Essa tendência de crescimento já vinha ocorrendo desde o início de 2020, mas foi durante a pandemia que o número disparou. No Google, o interesse pelo tema também cresceu 130%.
A necessidade somada à demanda fez com que professores vissem os desafios atuais como oportunidades.
Muitos estão se reiventando ao descobrirem na internet um canal promissor para distribuir suas aulas, cursos e compartilhar conhecimentos de maneira independente.
“Os professores passaram a enxergar os cursos on-line como uma forma de empreender”, afirma Felipe Bernardes, sócio-fundador da Classpert.
Para os que desejam explorar uma nova fonte de renda a partir deste ofício, esse é o momento ideal para começar e se destacar.
“A tecnologia tornou o processo muito mais fácil. Hoje em dia, gravar um curso e disponibilizar em uma plataforma não é mais um bicho de sete cabeças”, completa Bernardes.
Dicas básicas para quem quer começar
Existem ferramentas próprias que ajudam o profissional a elaborar as aulas, gravar os conteúdos e captar os alunos.
E dá para fazer todo o processo sem sair de casa. Não é preciso, necessariamente, alugar um estúdio ou ir até um local específico para produzir os materiais.
O primeiro passo é definir o assunto a ser trabalhado no curso, sobre o qual o instrutor deve ter domínio completo. A qualidade do curso é fator crucial na hora que o aluno faz a sua escolha.
Claro que, na medida do possível, apostar em equipamentos, como câmera, microfone, luz e outros recursos visuais pode trazer melhores resultados, mas, sem dúvida, produzir um conteúdo atualizado, relevante e consistente faz toda a diferença.
Com esse material em mente, vale fazer uma pesquisa entre as diversas plataformas existentes, que podem hospedar e vender o curso proposto, avaliando com calma a política de preço de cada uma.
Na Udemy, por exemplo, a hospedagem é gratuita e o instrutor pode cobrar a partir de R$ 39,99 até R$ 579,99 em seus cursos.
A plataforma oferece treinamentos gratuitos para ajudar na criação dos materiais. As aulas podem ser planejadas em vários formatos e idiomas e trazerem exercícios, questionários e atividades complementares.
Quem ingressa nesta área deve saber que é preciso tornar sua apresentação atrativa para quem assiste pela tela computador ou smartphone, com cuidados na linguagem e na elaboração de um plano de ensino, por exemplo.
Além de não estarem presentes fisicamente, os alunos podem vir de todos os cantos do país e com diferentes níveis de conhecimento. Tudo isso deve ser levado em conta no processo de produção de um curso online.
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