Inicialmente, aumento de R$ 0,90 por bilhete valeria para todos os usuários; índice muito acima da inflação gerou reclamação geral.
Diante do mar de reclamações com o anúncio da prefeitura de aumento da passagem de ônibus para R$ 5 em Foz do Iguaçu, a gestão municipal deu um passo atrás e fixou reajustes diferenciados para quem paga com dinheiro ou cartão. As novas tarifas entram em vigor nesta segunda-feira, 4, sendo:
- pagamento com “Cartão Cidadão”: R$ 4,50 – reajuste em torno de 10%;
- pagamento com dinheiro: R$ 5 – aumento de 22%; e
- estudantes: R$ 2,50.
Inicialmente, o valor de R$ 5 valeria para todos os usuários, perfazendo um índice de 22%, justificado pela prefeitura pelo aumento do preço dos combustíveis e custo da folha de pagamento dos rodoviários. Esse índice representa quase o dobro da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que estava em 12,04% no fim de maio.
ITINERÁRIO DO AUMENTO:
Aumento da passagem de ônibus fica para segunda-feira: valor será de R$ 5
Passagem de ônibus em Foz sobe para R$ 5; são R$ 0,90 a mais por bilhete
A administração chama de “desconto” esse recuo parcial que faz diferenciação entre os passageiros que usam cartão e pagam em dinheiro, que desfaz a isonomia entre os usuários que utilizam esse serviço público essencial. O “pagamento com Cartão Cidadão dará direito a um desconto de R$ 0,50”, informou a agência pública de notícias do município. Estudantes não farão jus a esse abatimento.
A conta, entretanto, recairá à população. “Para não haver o repasse integral do reajuste aos usuários, o prefeito informou aos vereadores que irá enviar uma proposta de suplementação orçamentária por parte da prefeitura para subsidiar esse custo”, complementou a Agência Municipal de Notícias.
População ficou na bronca
Quando a prefeitura, por meio do Instituto de Transportes e Trânsito (Foztrans), anunciou o reajuste da tarifa para R$ 5, os usuários protestaram nas redes sociais e em entrevistas à imprensa. As reclamações indicam descompasso entre a qualidade do serviço e o custo da passagem.
“Triste, tudo aumenta… comida… Só por Deus. E nosso salário, nada”, disse Keila Teixeira. “Terra de ninguém. Uma vergonha o que está acontecendo em Foz com esses ônibus sucateados e sem horário certo”, reclamou Joanicio A. Silva. Já Juliana Knupp indagou: “Onde vamos parar? Está subindo tudo, menos o salário.”
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