Ponte da Integração: orçamento paraguaio não prevê recursos a obras complementares

Em Presidente Franco, preocupação é com o tráfego de caminhões pesados, sem a construção dos acessos previstos em projeto.

H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

 

Para a Ponte da Integração, a margem brasileira de Itaipu já alocou recursos para as obras até sua conclusão. E também já estão garantidas as obras complementares na margem brasileira, o que inclui desde as instalações da Aduana até a Perimetral Leste. O problema é no Paraguai.

 

Embora a construção da ponte esteja em ritmo acelerado tanto no Brasil como no Paraguai, o jornal Hoy informou que as obras de acesso à ligação, em Presidente Franco, ainda não contam com recursos orçamentários. Por isso mesmo, não foi feita licitação pública nacional, e assim não as obras começariam em tempo hábil.

Os moradores de Presidente Franco, segundo o jornal, estão preocupados, porque a ponte poderá ser habilitada sem as obras complementares no lado paraguaio.

De acordo com um comitê do Partido Liberal Radical Autêntico, citado pelo Hoy, o Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai não teve outra alternativa a não ser a de recomendar à Prefeitura de Presidente Franco que proponha rotas alternativas à entrada e saída de caminhões de grande porte.

“Isto causaria um caos enorme e um grande prejuízo à cidade”, diz comunicado do comitê.

A previsão é que cerca de dois mil caminhões por dia vão circular pela ponte, e as ruas de Presidente Franco não terão condições de suportar o tráfego de veículos pesados.

O documento do partido exige que o governo cumpra irrestritamente os prazos de construção. Se houver prejuízos, a responsabilidade será do governo, diz o comunicado.

O jornal traz ainda a informação do partido de que, por consequência do atraso nas obras complementares, incluindo as edificações para controle aduaneiro, as autoridades do Brasil já estão propondo que o Centro de Controle Integrado de Aduanas fique no lado brasileiro, “roubando mais uma vez a economia do nosso país”, na opinião do jornal.

Obras em bom ritmo

Na margem paraguaia, ritmo garante que as obras estejam dentro do cronograma previsto. Foto Itaipu paraguai

Quanto aos trabalhos na ponte, a Itaipu Binacional no Paraguai informa que continuam em bom ritmo na margem paraguaia.

Atualmente, os trabalhos se concentram nas escoras e na colocação de armações na denominada viga transversal, que tem a função de estabilizar a estrutura das duas torres – ou colunas – de 51 metros de altura.

A Ponte da Integração será do tipo estaiado ou atirantado, com largura total de 760 metros e um vão livre de 470 metros entre as duas colunas principais, uma em cada margem do rio.

 

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