Com base em informações da Secretaria de Segurança, Justiça revogou a prisão domiciliar
Em decisão tomada na tarde desta sexta-feira, 12, o juiz Gustavo Arguello determinou a transferência imediata do policial penal federal Jorge Guaranho, 38 anos, para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. No início da noite, viaturas e ambulâncias foram vistas chegando à residência de Guaranho, na AKLP. Ele foi levado por volta das 18h30.
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Na quarta-feira, 10, o policial penal deixou o Hospital Ministro Costa Cavalcanti e foi levado para casa com tornozeleira eletrônica para cumprir prisão domiciliar. No entanto, hoje, com base em informações da Secretaria de Segurança de que o Complexo Penal tem condições de receber o preso, a decisão foi revertida.
No despacho, o juiz destaca que a unidade tem condições de abrigar o detento. “Em novo expediente juntado aos autos nesta oportunidade, o Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado informa que o Complexo Médico Penal, a despeito do ofício anterior e da interdição ética, apresenta plenas condições estruturais e humanas de custodiar o requerente/réu.”
Arguello ainda reforça que a unidade pode garantir a manutenção diária das necessidades básicas do detento com supervisão contínua e informações da evolução médica dele.
Na decisão anterior, na qual determinou a prisão domiciliar do policial penal, o magistrado havia justificado que a unidade não dispunha de estrutura e pessoal para atender Guaranho, que ainda precisa de cuidados médicos. As informações haviam sido passadas pelo Departamento de Polícia Penal do Paraná (Depen).
Ainda nesta sexta-feira, a Justiça emitiu mandado de prisão preventiva contra Guaranho. O policial penal federal foi autor dos disparos que levaram à morte do guarda municipal Marcelo Arruda, dia 9 de julho, na sede da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física da Itaipu (ARESF). Na ocasião, Marcelo comemorava 50 anos na companhia da família e amigos, em uma festa temática alusiva ao PT e ao ex-presidente Lula.
Guaranho entrou no local com a esposa e um bebê no carro, acabou discutindo com Arruda e foi embora. Entretanto, pouco tempo depois, retornou à ARESF, invadiu o ambiente onde o guarda municipal estava e atirou. O GM conseguiu revidar e atingir o policial penal. Ambos foram socorridos e levados a um hospital. Arruda não resistiu e morreu às 5h de domingo. Guaranho ficou internado até a última quarta-feira, 10.
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