Pescadores artesanais da Colônia Z-12, em Foz do Iguaçu, receberam carteiras profissionais nesta semana. O documento permite o recadastramento ao sistema de controle da atividade, possibilitando o recebimento do seguro-defesa no período de pesca proibida, a piracema.
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Morando às margens do Rio Iguaçu, ainda antes de ser pescadora artesanal profissional, há duas décadas, Lucia Aquino, de 53 anos, é uma das pessoas contempladas com o novo documento. As informações são da Agência Municipal de Notícia (AMN).
O resultado da pesca depende de vários fatores, mas ela contou que conseguiu criar os quatro filhos obtendo o sustento nos rios da região, relatou para a AMN. “Tem dias que pega (peixe), tem dias que não pega nada”, reportou.
A carteira profissional será um alento para assegurar renda mínima. “O documento vai ser bom para o período da piracema, que daí não pode pescar”, ressaltou a pescadora, que mora com o marido, pescador aposentado, narrou a agência pública de notícia.
Já Lucia Cabral da Silva Lescano afirmou que há 30 anos pesca no Rio Paraná, perto do Cataratas Iate Clube. Para ela, a carteira será uma segurança. “A gente consegue pegar até uns 50 quilos por mês, mas tudo depende do peixe que é fisgado”, revelou.
A pescadora artesanal complementa a renda com os pescados das águas da fronteira. O recurso familiar inclui a pensão do marido, pescador que perdeu a vida pelas consequências da covid-19, informou a Agência Municipal de Notícias.
Profissional
A entrega da carteira profissional a pescadores artesanais em Foz do Iguaçu resulta de parceria do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e da Agência do Trabalhador. O documento também é importante porque leva à identificação de todo o material utilizado pela categoria.
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