As obras da Perimetral Leste, financiadas pela margem brasileira de Itaipu, avançam em mais um ponto: o Trevo Carimã, na BR-369, que dá acesso à Argentina. Os trabalhos para a construção de um viaduto no local começaram na manhã desta quinta-feira, 01, alterando o tráfego de veículos, que será desviado da pista central para as alças do próprio trevo.
Cerca de 100 trabalhadores, entre engenheiros, operadores de equipamentos, técnicos, carpinteiros, armadores e serventes, estão envolvidos nas etapas iniciais de quatro trechos da Perimetral: além do viaduto no Trevo Carimã, já há movimentação de máquinas e homens na Avenida General Meira, acesso à Ponte Tancredo Neves, onde também será construído um viaduto, e em outros dois locais: nos 3,48 km em paralelo à Perimetral e nas proximidades da Ponte da Integração.
O projeto dos 15 km da avenida prevê seis interseções em desnível nos entroncamentos com a Avenida General Meira, no acesso para a Ponte Tancredo Neves, na Avenida das Cataratas (BR-469), na Avenida Felipe Wandscheer, na Avenida República Argentina, e, finalmente, na BR-277.
O projeto inclui também duas novas aduanas para atender as demandas nas fronteiras com a Argentina e o Paraguai. A Perimetral Leste deve ser concluída até o final de 2022, junto com a Ponte da Integração Brasil-Paraguai.
Os trabalhos na avenida começaram em 11 de março, com financiamento de Itaipu. A fiscalização e execução da obra estão a cargo do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), conforme convênio assinado entre o Governo do Estado, representado pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, a Itaipu Binacional e o Governo Federal, por meio do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
A Avenida Perimetral Leste é uma antiga reivindicação de Foz do Iguaçu, para desviar o tráfego pesado entre o Brasil e a Argentina da área turística e das avenidas centrais da cidade.
Com a Ponte da Integração, também o tráfego pesado do Paraguai deixará de circular pela parte urbana da BR-277, já que os caminhões que vêm e vão ao Paraguai utilizarão somente a Ponte da Integração. A Ponte da Amizade ficará para uso de carros, ônibus e vans de turismo, além de veículos leves de transporte de carga.
PACOTE DE OBRAS
Tanto a Perimetral Leste quanto a Ponte da Integração fazem parte de um legado que a margem brasileira de Itaipu deixará para a região de fronteira, com investimentos de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, que só foram possíveis graças a uma remodelagem nos custos e gastos da binacional.
A usina reduziu custos e deixou de investir em obras e patrocínios que não têm a ver com a missão da empresa, que é gerar energia e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e do Paraguai.
Depois de um mapeamento das principais reivindicações da população – obras sonhadas há muitos anos -, a gestão do general Joaquim Silva e Luna, diretor-geral brasileiro de Itaipu, elencou como prioridades aquelas que permitiriam um grande salto econômico para Foz do Iguaçu e região.
“O que buscamos foi reordenar recursos que não estavam em aderência à missão para atender obras estruturantes e emergenciais para garantir um novo ciclo para a fronteira e região”, explica Silva e Luna.
As obras selecionadas para esse legado histórico incluem também a contribuição de Itaipu para a modernização e a ampliação do aeroporto de Foz do Iguaçu, que poderá se tornar um dos “hubs” da América do Sul, pela localização estratégica da cidade e pelos atrativos internacionais que ela possui, como as Cataratas do Iguaçu e a própria usina.
Itaipu investiu na duplicação da pista que liga o aeroporto à BR-469 e, principalmente, na ampliação da pista de pouso e decolagem, que permitirá ao terminal receber voos de longas distâncias.
Entre as obras selecionadas por Itaipu estão, ainda, a construção do mercado público de Foz, a revitalização do Gramadão da Vila A e a implantação de uma rede de ciclovias. Na região, a usina também garantiu recursos para duplicar a BR-277 no trecho de Cascavel e o contorno do município de Guaíra.
Para contribuir ainda mais com o futuro econômico do Paraná, a usina investiu ainda na execução de mais uma etapa das obras do trecho paranaense da Estrada da Boiadeira, que liga o Paraná ao Mato Grosso do Sul.
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