O Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR) já aposta há alguns anos nas microrredes – conjunto de recursos energéticos distribuídos – para garantir a segurança energética e minimizar prejuízos decorrentes de perdas energéticas em atividades econômicas fundamentais para o Paraná, como o agronegócio.
O Governo do Paraná e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) seguem esta tendência, visando tornar o Paraná o estado mais seguro energeticamente no Brasil. Na última semana, foi publicado edital para fomentar a instalação de microrredes no estado.
Nesta chamada pública da Copel será contratada a energia produzida por produtores independentes de pequeno e médio porte, incluindo minigeradores, que usam fontes como a energia fotovoltaica, eólica e biogás.
O PTI oferece soluções para garantir maior eficiência desses sistemas. Com uma das maiores infraestruturas de simulação em tempo real da América Latina, o Parque Tecnológico tem trabalhado com ensaios para que o investimento nas microrredes seja bem-sucedido.
Contando também com a experiência de 17 anos no atendimento à maior geradora de energia elétrica do mundo, a Itaipu Binacional, com o desenvolvimento de soluções customizadas às necessidades da hidrelétrica.
Um dos diferenciais que o Parque possui nesse sentido é a experiência da equipe, somada à infraestrutura RTDS existente – a capacidade do equipamento existente no PTI é uma exceção no Brasil. Conforme explica o gerente do Centro de Competências em Automação e Simulação de Sistemas, Rodrigo Otto, o RTDS é usado para fazer as simulações em tempo real das microrredes, oferecendo as condições mais próximas ao mundo real.
“No caso das microrredes podemos utilizar o RTDS para os testes em malha fechada, também conhecidos como hardware-in-the-loop, para avaliar questões como comunicação, controle e proteção”, afirma.
Entre os benefícios do uso da plataforma estão a fidelidade do modelo, a compatibilidade com equipamentos de mercado e a ampla gama de possibilidades de testes e ensaios.
Essas simulações também permitem diminuir os riscos de operação incorreta dos equipamentos que compõem a microrrede e a combinação de recursos energéticos distribuídos. Além disso, o investimento nesses testes é baixo, se comparado ao valor total de implantação das microrredes.
Agronegócio
Os sistemas independentes de geração distribuída podem ser uma solução para um dos principais gargalos do agronegócio – uma das temáticas de atuação do Parque Tecnológico. Isso porque alguns equipamentos para produção demandam uso intensivo de energia e as interrupções energéticas podem causar grandes prejuízos aos produtores.
A implantação dessas redes inteligentes que vão ligar as microrredes ao sistema de distribuição, vai permitir que o restabelecimento de energia, nessas situações, seja feito de forma mais rápida, minimizando os riscos de perdas.
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