Paraná é reconhecido como estado livre de febre aftosa sem vacinação

É uma conquista histórica para a região, destaca Programa Oeste em Desenvolvimento.

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A Região Oeste acaba de conquistar uma grande vitória. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reconheceu o Paraná como estado livre de febre aftosa sem vacinação. Assinada pela ministra Tereza Cristina Correa da Costa Dias, nessa terça-feira, 11 de agosto, a Instrução Normativa Nº 52 entra em vigência a partir de 1º de setembro.

O reconhecimento é resultado de uma forte articulação da sociedade civil paranaense. Há anos, iniciativa privada e poder público trabalham conjuntamente para obter o certificado. A expectativa agora é que a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) chancele o novo status paranaense em maio de 2021.

Os esforços em torno do certificado tem mobilizado instituições como o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), Sistema Ocepar, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Sociedade Rural do Paraná, Casa Civil, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Sindicato dos Fiscais Estaduais Agropecuários do Paraná e Associação Paranaense de Suinocultores.

Vice-presidente do POD e presidente do Conselho Regional de Sanidade Agropecuária, Elias Zydek explica que o reconhecimento do Paraná como estado livre de febre aftosa sem vacinação atende ao mercado exterior, que exige seguir as regras internacionais, como zelar pelo bem-estar animal e preservar o meio ambiente.

“Estamos próximo de dar esse passo histórico na pecuária”, explica Para Elias Zydek, do POD – foto Marcos Labanca/Arquivo

Segundo ele, o estado tem centenas de produtores rurais que fizeram investimentos em suas propriedades e na criação de frangos, suínos, bovinos, produção de leite, entre outros. “Mas as cadeias produtivas até então são prejudicadas pela falta do selo de sanidade. Agora estamos próximo de dar esse passo histórico na pecuária”, destaca. 

Conforme Zydek, ciente da importância da sanidade, a iniciativa privada tem adotado os procedimentos corretos e apoiado o estado com investimentos em infraestrutura. “Ainda temos muito para avançar. O estado deve, por exemplo, reforçar a contratação de fiscais técnicos da Adapar”, completa.

Além do Paraná, a Instrução Normativa Nº 52 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reconhece como estados livres de febre aftosa sem vacinação o Acre, Rio Grande do Sul e Rondônia, e parte dos territórios do Amazonas e de Mato Grosso.

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