Paraguai faz a maior apreensão de cocaína de sua história

A droga estava num contêiner, escondida em carvão vegetal, e seria levada para Israel. Há um detido.

H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Mais de 2.300 quilos de cocaína foram apreendidos pelos agentes do Departamento Antinarcóticos da Polícia Nacional do Paraguai, na segunda-feira, 19, no porto privado Terport, em Villeta, a 37 km de Assunção.

A droga foi pesada nesta terça-feira pela manhã e, no Paraguai, é avaliada em cerca de US$ 11,5 milhões, mas este valor poderia chegar no mercado europeu, por exemplo, a US$ 92 milhões (mais de R$ 515 milhões).

Não há informação sobre o valor da cocaína no seu destino final, Israel.

A droga estava escondida num contêiner de carvão vegetal. No porto, há ainda outros cinco contêineres com a mesma carga, que ainda serão abertos pela polícia, informa o jornal Última Hora.

La Nación explica que há seis meses já foi utilizada a modalidade de exportar carvão com cocaína para a Europa, a países como a Bélgica. Foi de lá que veio a informação sobre o modus operandi dos traficantes.

A Secretaria Nacional Antidrogas informou que é uma apreensão sem precedentes no Paraguai. A anterior foi de 2.200 quilos, em Concepción, em abril de 2019.

A investigação sobre o tráfico de cocaína a partir do Paraguai começou há cerca de um ano.

Durante a operação, foi detido Cristian Turrini, ex-diretor da então chamada TV Pública (hoje, Paraguay TV), no governo de Federico Franco. Os carregamentos estavam em seu nome, como intermediário da logística,
segundo os investigadores.

Turrini, que é empresário, economista e advogado, vai se apresentar hoje à promotoria. Mas já alegou em sua defesa que atua como “bróker”, isto é, faz a ligação entre os vendedores e compradores de carvão vegetal, segundo o La Nación.

A cocaína estava dentro de sacos de carvão vegetal.

 

 

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