Palestra gratuita abordará soluções para pais e filhos em separação conjugal

As preocupações que envolvem a separação de um casal, frequentemente, incluem o bem-estar dos filhos. Que traumas essa decisão vai gerar? Como será a nova rotina? Além disso, há questões como pensão alimentícia, guarda, moradia… “Informações corretas e o movimento em favor da conciliação podem tranquilizar os pais, fazendo com que divórcio seja menos traumático”, defende a advogada Morena Silveira, especialista em Direito de Família.

Esses temas serão abordados na palestra gratuita “Filhos e separação dos pais: como ajustar?”, durante divulgação do livro “Família, Sucessões e Interdisciplinaridade”, dia 22 de março (sexta-feira), no auditório do edifício Torre Marechal. A palestra é aberta à comunidade, com vagas limitadas.

O evento vai fornecer suporte aos pais, ajudando-os a adotar estratégias e práticas para proteger os filhos nos momentos de transição familiar. Será um marco na discussão de como as dinâmicas familiares afetam o desenvolvimento das crianças e adolescentes em contextos de separação, já que Dra. Morena Silveira é reconhecida por priorizar o entendimento nas questões de Direito de Família.

“Meu desejo é cumprir um compromisso social de tornar as informações jurídicas mais acessíveis, especialmente no Direito de Família, onde aplico minha experiência como professora para contribuir com a comunidade”, afirma a advogada.

Quando Sueli* procurou Dra. Morena para o encaminhamento do divórcio, 6 anos atrás, a decisão estava bastante amadurecida. “Pra mim, foi fundamental ter certeza de que havia chegado o momento ideal. Eu e meu ex-marido já tínhamos esgotado as possibilidades com terapias, conversas e acordos”, conta ela. Na época, a filha deles tinha 5 anos.

“Apesar da clareza que tínhamos, eu não queria que minha filha se sentisse abandonada e tinha insegurança por não estarmos juntos como pai e mãe, porque isso significava a desconstrução da ideia de família”, reconhece.

Para o ex-marido dela, Antônio, desenvolver inteligência emocional é muito importante para que o casal chegue ao entendimento sem que um sinta prazer em prejudicar o outro, afetando os filhos. “É importante procurar advogados conciliadores e psicólogos competentes que deem os alertas necessários para resguardar os filhos e as relações”, aconselha. Antônio já havia passado por uma separação conflituosa, quase 20 anos atrás. Segundo ele, a diferença foi infinitamente maior nos custos financeiros, nos prejuízos emocionais de toda a família e no tempo perdido para exercer a paternidade com aproximação e afeto.

No Brasil, foram registrados 386,8 mil divórcios no ano de 2021, dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. O levantamento aponta aumento de quase 17% em relação ao ano anterior.

“Apesar de as separações estarem cada vez mais comuns, isso ainda gera muita insegurança, principalmente, por causa da preocupação com o bem-estar dos filhos”, explica Dra. Morena Silveira. Para ela, partilhar informações com fundamentação jurídica é uma forma de deixar os pais mais seguros para tomar decisões.

Durante a separação de Sueli* e Antônio, Dra. Morena mediou questões como definição da pensão alimentícia, moradia da criança e guarda compartilhada. “A partir da nossa decisão de separação amigável e com mediação profissional, tudo foi mais leve emocionalmente e economicamente,” reflete Sueli.

Apesar da compressão que tinham em relação às transformações que estavam enfrentando, não demorou a surgirem questões novas que precisaram de realinhamento com o auxílio da advogada.

“Nós seguimos mantendo uma relação saudável em busca do bem-estar da nossa filha. Conversamos quase todos os dias, chegamos a passar Natal e Ano Novo juntos com nossos novos companheiros”, conta Sueli*. Apesar da convivência pacífica, para ela, o ponto mais complexo foi lidar com a frustração de desmanchar a família. “Por isso foi essencial ter uma profissional humana e experiente nos acompanhando”, ressalta.