Obras na segunda ponte já atingem 52% de execução nas duas margens do Rio Paraná

Foram investidos até agora R$ 122,5 milhões, 38% do total de R$ 323 milhões que serão financiados pela usina binacional.

As obras na Ponte da Integração Brasil-Paraguai, que ligará Foz do Iguaçu a Presidente Franco, já atingiram 52% da execução, com aplicação de R$ 122,5 milhões, ou seja, 38% dos R$ 323 milhões que a Itaipu Binacional vai investir nesta nova ligação entre os dois países.

Junto com a Perimetral Leste, que fará a conexão entre a nova ponte e a BR-277, na saída de Foz do Iguaçu, a segunda ponte sobre o Rio Paraná vai trazer um novo ciclo de desenvolvimento para toda a região de fronteira. A nova logística de transporte, que livrará a cidade do tráfego de veículos pesados, vai incrementar o comércio trinacional e já está atraindo a Foz do Iguaçu novos investimentos da iniciativa privada.

O lado brasileiro da Ponte da Integração terá infraestrutura completa de fronteira, com implantação de aduanas, órgãos de controle e fiscalização, além de um novo acesso rodoviário, conhecido como Perimetral Leste, uma antiga reivindicação dos iguaçuenses.

Até o momento, 2,3% da obra da Perimetral Leste foram executados, com investimento de aproximadamente R$ 2,4 milhões. Durante o mês de abril foram feitas as obras de terraplenagem e de concreto, aço e forma do viaduto de acesso à Ponte Tancredo Neves, que liga o Brasil à Argentina.

A obra, orçada em R$ 104 milhões, também é financiada pela Itaipu Binacional e o gerenciamento da execução está a cargo do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR). No total, a Ponte da Integração e a nova ligação até a BR-277 receberão investimentos de mais de R$ 400 milhões da hidrelétrica.

Um dos quatro pontos em obras da Perimetral Leste. Foto Alexandre Marchetti

ÚLTIMO BOLETIM

Segundo o último Boletim do DER-Paraná, em abril, na margem brasileira, os trabalhos na Ponte da Integração Brasil-Paraguai se concentraram na caixa de equilíbrio, uma estrutura de concreto armado que atua como contrapeso para os 470 metros de vão livre central, e também na elevação da altura do mastro principal, até 120 metros, que representa a primeira fase da execução da torre.

Na margem paraguaia, a obra em destaque neste mês foi a construção do mastro principal, que chegou a 97 metros de altura. Foi também descolado o terceiro trecho em concreto armado dos cinco que compõem o tabuleiro da ponte no lado paraguaio. Esse trecho tem 20,5 metros de largura e 28,12 metros de comprimento.

Mastro principal, no lado brasileiro, já quase na altura máxima, de 120 metros.
No lado paraguaio, à esquerda na foto, o mastro principal está com a altura de 97 metros. Foto Alexandre Marchetti

EMPREGOS

As obras financiadas por Itaipu em Foz do Iguaçu e região representam um investimento total de R$ 2,5 bilhões e a geração de 2,5 mil empregos.

“É importante destacar esse benefício imediato trazido por essas obras, que é a geração de empregos num momento delicado na economia, provocado principalmente pelas restrições sanitárias”, destaca o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general João Francisco Ferreira.

Comprometido em executar fielmente todas as obras já em execução ou anunciadas por Itaipu, Ferreira avalia que a usina deixará para a região “um legado que modificará o perfil da fronteira e vai garantir mais possibilidades de uma vida melhor para os iguaçuenses”.

Ele lembra a importância de parcerias como a que a Itaipu Binacional fez com os governos federal e estadual para viabilizar as obras estruturantes em Foz do Iguaçu.

Estruturantes são as obras que podem contribuir muito para o desenvolvimento econômico e social de uma região, como é o caso da nova pista de pouso e decolagem do aeroporto de Foz, agora com capacidade para receber voos da Europa e América do Norte, a segunda ponte sobre o Rio Paraná e a Perimetral Leste.

“E temos que considerar estruturantes também obras menores, com investimento mais baixo, como o futuro mercado público e a rede de ciclovias, porque também contribuem para mudanças numa cidade como Foz, ainda carente de muitas benfeitorias”, avalia o general João Francisco Ferreira.

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