H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Ronaldo e Roberto já não estão mais em terras paraguaias. Eles deixaram Assunção logo depois do almoço, num voo particular autorizado pelo Conselho de Defesa Nacional do Paraguai.
Quando saíram do hotel, o carro onde estavam foi cercado por um numeroso grupo de fãs, como conta o jornal ABC Color.
“No se va, Ronaldhinho, no se va!”, gritavam os paraguaios, enquanto o carro seguia rumo ao aeroporto Silvio Pettirossi.
Depois de mais de cinco meses e meio, os irmãos finalmente conseguiram autorização judicial para deixar o hotel onde estavam cumprindo prisão domiciliar.
A Justiça atendeu ao pedido da promotoria, que pediu suspensão condicional da pena para Ronaldinho e condenou Roberto a dois anos, mas com suspensão da pena.
Mas a liberdade não saiu barato. Juntos, os irmãos tiveram que pagar US$ 200 mil (R$ 1,1 milhão), a título de danos morais.
O juiz Gustavo Amarilla decidiu que o dinheiro de Ronaldo será usado na luta contra a covid-19, no Hospital de Clínicas, e na camanha “Todos por Bianca”, uma menina que sofre de uma doença muscular (atrofia muscular espinhal).
Já os US$ 110 mil de Roberto serão utilizados para a compra de equipamentos de proteção contra a covid-19 nas prisões paraguaias.
Além do pagamento da multa, os irmãos terão que fixar domicílio em uma cidade brasileira – eles escolheram o Rio de Janeiro – e não poderão mudar o número do telefone celular por um prazo de dois anos. Terão, ainda, que comparecer a um juizado no Brasil a cada quatro meses.
A saída de Ronaldinho do país foi “o assunto do dia”, segundo um jornalista de tevê do Paraguai. Aliás, as emissoras fizeram a cobertura ao vivo de Ronaldo deixando o hotel onde estava retido.
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