No mês de prevenção ao suicídio, Itaipu adere e também se ilumina de amarelo

Setembro é dedicado à conscientização sobre o suicídio e as formas de ajudar quem está numa fase difícil da vida.

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Desde esta quinta-feira (3), a usina de Itaipu ilumina alguns de seus atrativos, como o monumento da Unila, ao lado da Barreira, a fachada do Centro de Recepção de Visitantes (CRV), a concha acústica do Gramadão da Vila A e as calotas do Parque da Piracema, com o tom do Setembro Amarelo. A cor é um simbolismo ao mês mundial de prevenção ao suicídio. A campanha permanece até o dia 30.

“A Itaipu é uma empresa responsável e reforça, por meio dessa iniciativa do Setembro Amarelo, o compromisso de alertar a população sobre doenças que devem ser levadas a sério, e a prevenção ao suicídio é muito importante”, diz o diretor-geral brasileiro da usina, general Joaquim Silva e Luna.

E complementa: “É preciso discutir valores e tratar as pessoas com respeito e carinho. Os voluntários do Centro de Valorização à Vida (CVV) estão de parabéns. São verdadeiros anjos da sociedade”.

A ideia é conscientizar as pessoas sobre a importância de se falar sobre o assunto e entender as questões que geram sofrimento, sabendo que é possível, sim, prevenir o suicídio.

“Não existe prevenção com tabu e estigma. A informação clara e objetiva é fundamental para a promoção da saúde mental”, diz Cristiane Penha da Silva Fraga Pimenta, da Diretoria Técnica da Itaipu, uma das voluntárias do CVV de Foz do Iguaçu.

Em 2019, a Itaipu foi sede do 1º Pedal Viver e Sorrir – passeio ciclístico promovido pelo Núcleo de Apoio à Vida de Foz do Iguaçu (Navifoz), em parceria com a Cia do Riso, como parte da campanha Setembro Amarelo na cidade. Cerca de 200 pessoas participaram.

Um suicídio a cada 45 minutos

Segundo o CVV, são registrados 32 suicídios no país por dia, o que representa uma morte a cada 45 minutos.

Para ajudar, a entidade pede que fiquemos atentos ao isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite e frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer”, que podem indicar necessidade de ajuda.

Falar é essencial. Escutar também. E, se não estiver tudo bem, é preciso buscar ajuda. Segundo o Centro, o socorro pode vir de um amigo, parente, colega de trabalho ou escola, professor, ou alguém que esteja próximo a quem precisa.

Também é possível contar com os voluntários do CVV, que são treinados para conversar com pessoas que estejam passando por alguma dificuldade e que possam pensar em tirar sua vida.

Para conversar com um voluntário, basta ligar para o telefone 188, gratuito, que funciona 24 horas por dia. Também é possível mandar um e-mail ou falar pelo chat, que podem ser acessados pelo site www.cvv.org.br.

O CVV

O CVV é uma das ONGs mais antigas do país, fundada em São Paulo, em 1962. Hoje, cerca de 4 mil pessoas, em mais de 120 postos, prestam serviço voluntário e gratuito 24 horas por dia, nos 365 dias do ano, aos que querem e precisam conversar sobre seus sentimentos, dores e descobertas, dificuldades e alegrias.

De forma sigilosa e sem julgamentos, o voluntário do CVV busca ouvir aquele que liga com profundo respeito, aceitação, confiança e compreensão, valorizando a vida e, consequentemente, prevenindo o suicídio.

Após a implantação do telefone 188, por meio de acordo com o Ministério da Saúde, que garantiu isenção da tarifação telefônica, vem sendo registrados cerca de 3 milhões de atendimentos por ano.

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