
A comunidade muçulmana do Brasil e Paraguai deu início neste sábado, 1.º, a mais um jejum de ramadã, período no qual os seguidores do islamismo se abstêm de beber, comer, fumar e ter relações sexuais entre o nascer e o pôr do sol.
Prática milenar, o jejum começa no nono mês do calendário lunar, que é seguido pelos muçulmanos. O ramadã tem início na lua nova e se finda na fase crescente da lua.
Neste mês, considerado sagrado pelos seguidores do islamismo, as quatro mesquitas da fronteira, duas situadas em Ciudad del Este e duas em Foz do Iguaçu, recebem muitos fiéis que costumam reforçar as orações, ser mais benevolentes e servir aos outros.
Mesquitas de Foz ficam movimentadas
Nas duas mesquitas de Foz do Iguaçu, a Omar Ibn Al-Khata, situada na Rua Meca, no Jardim Central, onde se concentra a comunidade sunita, e a Husseiniyya al-Iman al-Khomeyni, na Avenida José Maria de Brito, dos xiitas, haverá orações e súplicas às 20h30.
Ao final do jejum, previsto para daqui 29 a 30 dias, os muçulmanos fazem o Eid Al Fitr, banquete que marca o término da prática.
Para os muçulmanos, nesse período, o Alcorão – livro sagrado que representa a palavra de Alá (Deus no islã) – foi revelado.
Estão dispensados do jejum crianças, grávidas, idosos, doentes ou quem está em viagem.
O jejum movimenta a comunidade islâmica da fronteira, considerada a segunda maior do país, depois da estabelecida em São Paulo, com cerca de 12 mil árabes e descendentes.