Diligências foram feitas no período de internação do policial penal Jorge Guaranho. Informação veio à tona durante a audiência realizada nesta semana
Em ofício enviado, nessa sexta-feira (16), à Diretoria-Geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o promotor Luis Marcelo Mafra, do Ministério Público Estadual (MPPR), solicita informações sobre a relação de servidores, escalas de serviço e viaturas usadas para fazer a segurança externa no entorno do Hospital Costa Cavalcanti durante o período de internação do policial penal Jorge Guaranho, 39 anos.
Guaranho é autor dos disparos que mataram o guarda municipal Marcelo Arruda na noite de 9 de julho. Após ter recebido os tiros, Arruda revidou e atingiu Guaranho, que também foi agredido com chutes na cabeça por amigos de Arruda e ficou internado entre 10 de julho e 10 de agosto.
A informação sobre as rondas veio à tona durante a audiência de instrução e julgamento do caso que ocorreu nesta semana, na 3.ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, a partir do depoimento de duas pessoas que trabalham na Penitenciária Federal de Catanduvas, onde Guaranho atuava como policial penal. Uma delas é chefe imediata de Guaranho.
Ao ser questionada sobre o motivo das rondas, a chefe disse ao juiz que a razão foi o “corporativismo”. A partir da informação, o magistrado encaminhou o depoimento ao Ministério Público Federal para investigar se houve improbidade administrativa.
Guaranho foi denunciado pelo MPPR por homicídio duplamente qualificado. Ele está preso no Complexo Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, de onde acompanhou a audiência virtualmente e não foi interrogado porque a defesa alega faltar um laudo para ser anexado ao processo.
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