H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Depois de cinco meses em prisão domiciliar (num hotel), Ronaldinho e seu irmão, Roberto, podem ganhar a liberdade.
O Ministério Público do Paraguai pediu que a Justiça suspenda o processo contra o ex-jogador, porque não foi encontrada nenhuma prova de que ele teve participação direta na questão dos documentos falsos que ele apresentou ao entrar no país.
Ele terá, no entanto, que pagar o equivalente a US$ 90 mil a título de reparação de danos. Já para o irmão dele, o Ministério Público pediu dois anos de prisão, com suspensão da pena, e o pagamento de US$ 110 mil, além de ele também ter que se apresentar a cada três meses ao juizado.
Na prática, ambos ganharão a liberdade, se o juiz Gustavo Amarilla acatar o pedido dos promotores Marcelo Pecci, Alicia Sapriza, Federico Delfino e Osmar Legal.
Os dois irmãos foram processados por uso de documentos públicos de conteúdo falso. Eles dois entraram no país com identidades paraguaias, sem ser radicados, e com passaportes falsos.
Ambos chegaram a ficar numa prisão da Polícia Nacional, a partir de 6 de março, mas um mês depois a Justiça permitiu que fossem beneficiados com prisão domiciliar num hotel de Assunção, onde estão até agora.
Empresária foragida
O jornal ABC Color lembra que a empresária Dalia López foi quem levou os irmãos ao Paraguai. Ela foi também processada por produção e uso de documentos públicos de conteúdo falso e associação criminosa, já que, segundo as investigações, se encarregou de facilitar os documentos a Ronaldo e Roberto.
Dalia López nunca se apresentou à promotoria ou à Justiça, por isso foi ordenada sua captura e declarada em rebeldia. Seus advogados alegam que ela tem problemas de saúde. Dizem também que ela teme contrair covid-19 e se diz vítima de perseguição política.
As empresas dela estão sendo investigadas por suposta evasão e lavagem de dinheiro. Houve buscas em suas propriedades, mas até agora ela continua foragida da Justiça.
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