Ministério Público do Trabalho anuncia fechamento da unidade em Foz

Entidades sindicais reagem e afirmam que medida fragiliza a proteção aos trabalhadores.


O Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) afirmou que irá fechar as portas da unidade em Foz do Iguaçu. O órgão anunciou que será promovido um “redimensionamento”, o qual também afetará outras duas cidades no estado.

Entidades sindicais do município reagiram ao anúncio de fechamento do MPT, alegando que a medida fragilizará a proteção aos trabalhadores. Dirigentes disseram que promovem contatos com parlamentares a fim de tentar reverter o encerramento das atividades em Foz do Iguaçu.

Já o MPT-PR argumentou que o “objetivo é garantir maior eficiência no atendimento à população e na utilização de recursos públicos”, por isso o que chama de redimensionamento de unidades. Foz do Iguaçu, Campo Mourão e Pato Branco perderiam as sedes físicas do órgão.

O Ministério Público do Trabalho espera economizar anualmente R$ 1,5 milhão com o fechamento das três unidades. A instituição contabiliza que seis procuradorias municipais do Trabalho no Paraná irão atuar após o encerramento das atividades nos locais escolhidos.

Ministério Público do Trabalho

A promotoria trabalhista disse que os serviços continuarão sendo prestados e que Foz do Iguaçu e os outros dois municípios “não ficarão desassistidos, pois serão atendidos pelos procuradores lotados nas unidades da região, que realizarão deslocamentos sempre que necessário para garantir o atendimento adequado à população local”.

O MPT citou que o fechamento das unidades foi aprovado pelo Conselho Superior e que “o redimensionamento de unidades no Paraná se deve à necessidade de adaptação a mudanças no contexto socioeconômico, jurídico e tecnológico, além da racionalização de recursos disponíveis”.

Desproteção

Para dirigentes sindicais iguaçuenses, trabalhadores ficarão mais desassistidos pelo órgão, que opera na mediação de demandas laborais e no cumprimento da legislação. O Sindicato dos Rodoviários (Sitrofi), por exemplo, com demandas oriundas do transporte coletivo mediadas pelo órgão, tachou a decisão de “inaceitável”.

O Sindicato dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (STTHFI) frisou que o MPT é o “único local onde os sindicatos de trabalhadores vão com denúncias de assédio moral, sexual e eleitoral, em Foz do Iguaçu e na região”. E complementou citando que mantém diálogo com deputados estaduais e federais a fim de verificar se há pressão para o fechamento da unidade e meios de revertê-la.

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