Caso Marcelo Arruda: júri popular será nesta quinta-feira em Foz do Iguaçu

Acusação sustenta violência política como agravante do assassinato do guarda municipal por Jorge Guaranho, que segue preso.

A Justiça mantém marcado para esta quinta-feira, 4, em Foz do Iguaçu, o júri popular do assassinato do guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda. Ele comemorava 50 anos em festa privada, em 2022, quando foi morto pelo réu, Jorge Guaranho.

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O autor do crime, que era policial penal na época, invadiu o local da confraternização, com música alusiva ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e discutiu com Arruda. O réu chegou a ir embora, retornando logo em seguida, quando fez os disparos.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Guaranho por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil. E pontuou o perigo comum envolvendo o caso, devido aos disparos de tiros em evento público, os quais poderiam ter atingido outras pessoas presentes.

A assistência de acusação sustenta violência política como agravante do assassinato do guarda municipal. “O crime é de ódio e tem como pano de fundo a violência política. O contexto foi esclarecido não apenas pelo testemunho dos convidados e da família da vítima, mas também pelas imagens registradas por câmeras de segurança”, ressalta o advogado Daniel Godoy Junior.

Por outro lado, em uma das audiências do caso, a mãe de Jorge Guaranho, Dalvalice Rocha, afirmou que o filho não é assassino e o que houve foi uma tragédia. “Tudo começou porque ele passou com a música do mito, o rapaz se alterou e jogou pedras”, declarou. Alegou também, na época, que o filho não se lembra dos fatos, só que estava no carro.

Contexto

O servidor público iguaçuense e Tesoureiro do PT, Marcelo Arruda foi morto quando estava reunido com a família e amigos na Associação Recreativa e Esportiva da Segurança Física (ARESF) . A festa era temática ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao partido. O crime teve repercussão nacional e internacional.

Guaranho, que estava em um churrasco em outro clube, perto do local do crime, invadiu a festa do petista, no carro em que estava a mulher e seu filho bebê. Após discussão, foi embora. Retornou sozinho, cerca de dez minutos depois, quando efetuou os dispaos. Também foi baleado por Marcelo Arruda, que reagiu em legítima defesa, conforme o MPPR.

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1 comentário
  1. Wellington Diz

    Esse cara tem que pegar pena máxima! Tirar a vida de uma pessoa em pleno aniversário, por causa de política. Uma pena que não temos perpétua para casos similares.

Comentários estão fechados.