Manifestantes barram caminhões em protesto para reabertura da fronteira argentina

Comerciantes de Puerto Iguazú amargam prejuízos com fronteiras fechadas e sentem falta de turistas brasileiros.

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Cerca de cem pessoas – entre comerciantes, hoteleiros, taxistas e profissionais do turismo – fizeram um protesto, das 8h45 às 16h desta terça-feira (22), em Puerto Iguazú, Argentina, para pressionar o governo a reabrir a Ponte Tancredo Neves (Ponte da Fraternidade), que liga a cidade a Foz do Iguaçu.

Acostumados a receber brasileiros que chegam a formar filas na aduana nesta época do ano, eles amargam prejuízos desde o fechamento da fronteira em março. A queda no movimento no município vizinho chega a 70% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme a Câmara de Comércio de Puerto Iguazú.

Os manifestantes montaram tendas na entrada da cidade, logo após a aduana, e só permitiam a passagem de carros de passeio, motos e pedestres. O acesso de caminhões ficou bloqueado, e a Gendarmeria, polícia argentina, esteve no local para tentar desfazer o protesto.

O comerciante Victor Enrique disse que o grupo quer a reabertura da ponte com a adoção de protocolos de segurança ou pelo menos uma data exata para isso ocorrer. Também pedem a volta de voos internacionais e isenção de impostos.

Na semana passada, um documento foi enviado ao governo argentino, via Câmara de Comércio de Bernardo de Irigoyen, fronteira com Barracão (PR) e Dionísio Cerqueira (SC), solicitando uma medida emergencial para a retomada do comércio fronteiriço. Os comerciantes ainda aguardam resposta.

Temendo o aumento de casos da covid-19 no país com uma eventual reabertura das fronteiras, o governo argentino não sinaliza que deve atender tão cedo ao pedido dos comerciantes.

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