H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Quem pretendia ir a Ciudad del Este, nesta quinta, 29, pela manhã, teve que fazer meia volta. Se é que conseguiu.
Os chamados “paseros”, que compram mercadorias no Brasil para revender no Paraguai, principalmente hortifrutigranjeiros, bloquearam a passagem pela Ponte da Amizade, justamente no sentido Foz do Iguaçu-Ciudad del Este, informa La Clave.
Do lado de Foz, estão se formando longas filas de veículos. Os motoristas não sabem o que ocorre do outro lado e têm que ficar na espera ou tentar retornar.
O que os “paseros” querem, desde que se reabriu a Ponte da Amizade, é que a fiscalização paraguaia permita que possam entrar com mercadorias, “enquanto outros contrabandistas operam normalmente”, segundo a Associação de Paseros Unidos de Alto Paraná.
A grande diferença de preços dos produtos de consumo em Foz do Iguaçu é o que faz com que centenas de trabalhadores paraguaios se dediquem a levar mercadorias ara Ciudad del Este, para fornecer aos feirantes e negociantes nos bairros.
O protesto foi reforçado por integrantes da associação de micro, pequenas e médias empresas (na sigla em espanhol, mipymes) de Alto Paraná. Neste caso, a reivindicação é que o governo responda pelas dívidas que os empresários de menor porte tiveram que contrair durante o período de fechamento das fronteiras.
O que os empresários querem, segundo Iván Araldi, representante das mipymes, é uma lei de socorro às micro, pequenas e médias empresas, que vivem grandes dificuldades devido à crise provocada pela pandemia.
Fica a critica: o governo paraguaio quis a reabertura das fronteiras para reativar o comércio, que estava à míngua, para que muitos paraguaios não morressem de fome.
Os brasileiros estão indo às compras lá, por que então não deixar que os paseros façam suas compras aqui? Ajudaria o comércio de Foz de Foz, também.
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