H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Apesar de todos os controles apregoados pelo governo argentino e pela empresa aérea, um passageiro da Aerolíneas Argentinas que viajou de Buenos Aires a Posadas era portador do vírus da covid-19. E sabia disso.
Na segunda-feira, 26, o jovem de 20 anos embarcou no voo para Posadas, capital da província de Misiones, onde se localiza a vizinha Puerto Iguazú.
Como uma das exigências da província de Misiones para receber passageiros é um atestado negativo para a doença e o rapaz não apresentou este documento, foi feito um teste rápido, no próprio aeroporto, que constatou a contaminação, informa o portal Misiones On Line.
As autoridades iniciaram um processo contra o passageiro, por ter ocultado a informação de que era portador do vírus.
O presidente da Aerolíneas Argentinas escreveu no Twitter que o passageiro fica proibido de utilizar os voos da companhia aérea por cinco anos. Esta penalidade também será aplicada ao passageiro que não conte com o certificado PCR negativo para viajar às províncias que exigem este exame, caso de Misiones.
As autoridades de saúde de Misiones disseram que os 56 passageiros que viajaram com o jovem que deu positivo ao vírus não ficarão em isolamento, porque dentro do avião foi respeitado o protocolo e não há risco de contágios. Mas recomendaram, de qualquer forma, que elas façam quarentena.
Só ficarão sob observação o passageiro que estava sentado atrás do jovem e outro que estava no banco da frente. Para os demais, o risco é muito baixo, segundo a Secretaria de Saúde de Misiones.
Na verdade, segundo uma fonte da Saúde contou ao Misiones On Line, “metade dos passageiros não contava com o certificado negativo para covid-19, por isso fizeram o teste (já no aeroporto de Posadas). Uma delas não apresentou o documento e, quando foi exigido, disse que havia feito o teste em buenos Aires e que havia recebido o resultado antes de subir no avião. Ele nos mostrou o resultado. Era positivo, por isso ativamos o protocolo”.
O rapaz foi levado a um hotel, onde ficará isolado. Ele está em bom estado de saúde e não apresenta sintomas.
Agora, ele pode ser responsabilizado criminalmente, com pena de reclusão de três a 15 anos, prevista para quem “propagar uma enfermidade perigosa e contagiosa para as pessoas”, segundo informou o site Economis, que critica: “Na Aerolínea, ninguém fez o teste nem puseram obstáculos para que ele subisse ao avião, violando seus próprios protocolos de biossegurança”.
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