Equipes de Itaipu Binacional e do Consórcio Modernização de Itaipu (CMI) participaram, em novembro, na cidade de Curitiba, do primeiro teste em fábrica dos sistemas associados à Rede de Tecnologia de Automação (RTA), que será implementada na usina, no âmbito do Plano de Atualização Tecnológica (PAT).
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De acordo com a binacional, participaram da atividade o inspetor responsável, Luiz Fernando Lima, da Divisão de Inspeção de Itaipu, e os especialistas pelo tema na Superintendência de Engenharia, Igor Vinicius Mussoi de Lima e Victor Rodrigo Ruiz Garay, ambos da Divisão de Engenharia Eletrônica e Sistemas de Controle.
A RTA é parte da infraestrutura dedicada a atender sistemas na área industrial e será utilizada para hospedagem e integração das redes de Tecnologia de Automação (TA), fornecidas no projeto.
A infraestrutura da RTA prevê a construção de duas salas seguras no interior da Casa de Força, com a finalidade de abrigar o núcleo de processamento do controle centralizado da usina, além de uma rede de comunicação versátil e de alta performance, para interligar os diferentes sistemas corporativos.
O desenvolvimento da RTA foi dividido em quatro lotes, sendo o primeiro deles correspondente a cabeamento estruturado e alimentação elétrica. A etapa de testes e inspeções iniciais da solução foi realizada na fábrica do fornecedor, em Curitiba.
Equipes de Itaipu, do CMI e do fabricante testaram os cabos ópticos e metálicos, acessórios de montagem, racks e outros elementos de camada física para o futuro datacenter e para a rede de campo da RTA.
“A primeira inspeção de um importante projeto como o PAT sempre é acompanhada de uma grande expectativa de ambas as partes. O trabalho realizado durante esta inspeção cumpriu com o objetivo do controle de qualidade do material fornecido à Itaipu e foi uma ótima oportunidade para colocarmos em prática os novos processos dedicados ao projeto”, afirmou Luiz Fernando Lima, citado pela assessoria da binacional.
Atualização tecnológica
Segundo Itaipu, o PAT é o mais abrangente plano de atualização tecnológica da central hidrelétrica desde sua entrada em operação, na década de 1980. O programa começou a ser executado em maio de 2022 e prevê 14 anos de serviços, com cerca de US$ 670 milhões em investimentos já contratados.
O plano contempla a substituição de diversos sistemas de controle e proteção da usina, entre eles, os das 20 unidades geradoras de Itaipu, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares da usina, das comportas do vertedouro e da barragem.
Contempla, ainda, a substituição de toda a fiação de força e controle desses dispositivos, bem como do sistema de medição e faturamento da usina, além da modernização da Subestação da Margem Direita.
Também estão previstos a elaboração do projeto executivo, o fornecimento de todos os equipamentos e sistemas, os serviços de desmontagem e montagem eletromecânica, a realização dos treinamentos e a execução de obras que sejam eventualmente necessárias.
O PAT não inclui a substituição de equipamentos eletromecânicos pesados, como turbina, rotor, estator e transformador principal, porque ainda estão em excelentes condições operacionais e longe do final da vida útil típica para este tipo de componentes.
(Com informações de Itaipu Binacional)
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