Uma moradora do bairro Campos do Iguaçu procurou o H2FOZ para relatar o surgimento de muitos escorpiões em sua região. Via rede social, ela afirmou que, mesmo com as principais medidas de prevenção sendo tomadas, os animais continuam aparecendo.
“Já fiz tudo o que podia e gastei o que não tinha. Está na hora do setor público fazer algo e verificar o motivo de tantos escorpiões. Tenho criança e tenho medo de que algo aconteça”, explicou.
A aflição da leitora não é solitária. Conforme dados do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Foz do Iguaçu, somente em 2022 houve 508 ocorrências envolvendo o surgimento desse tipo de aracnídeo. A situação já foi pior: em 2021, no ápice dos casos, foram contabilizados 652 (um crescimento de 65% na comparação com 2020).
Segundo o CCZ, a Região Leste do município tem, de fato, registrado mais chamados, sendo mais frequentes nos bairros Campos do Iguaçu, Jardim Alice, Conjunto Libra, Parque Presidente e Jardim Claudia. O centro ainda ressalta que as regiões da Vila A e do Jardim Panorama apresentam uma concentração considerável de escorpiões da espécie Tityus serrulatus, o principal causador dos acidentes graves no município.
Ao ser questionado sobre a situação, o Centro de Controle de Zoonoses informou que vem acompanhando o panorama por meio de diversas frentes: demanda espontânea da população via canais de comunicação oficial, com equipe específica para vistoriar os imóveis; orientação aos moradores; recolhimento de amostras para identificação das espécies; palestras e mobilizações sociais.
Confira algumas medidas de prevenção e orientações em caso de acidente:
Como prevenir o surgimento de escorpiões?
– Mantenha limpos quintais e jardins, não acumulando entulho e lixo doméstico.
– Apare a grama dos jardins e recolha as folhas caídas.
– Vede soleiras de portas com saquinhos de areia ou friso de borracha, coloque tela nas janelas, vede ralos de pia, de tanque e de chão com tela ou válvula apropriada.
– Coloque lixos em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar o aparecimento de baratas, moscas e outros insetos, que são o alimento predileto das aranhas e escorpiões.
– Examine roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usá-los.
– Dê atenção especial para vedação de ralos provenientes das tubulações subterrâneas das residências, por tratar-se da principal porta de entrada de escorpiões ao interior das moradias.
– Para evitar escorpiões, o uso periódico de inseticidas não é considerado uma prática eficiente de controle. A aplicação desses produtos tem efeito temporário e também pode, além de não matar, causar irritação nos escorpiões, levando-os a sair de seus esconderijos.
E em caso de acidente, o que fazer?
– Não passe substância ou medicação no local da picada. Apenas lave a região com água e sabão.
– Compressas mornas podem ser úteis (alívio da dor), desde que não atrasem o atendimento.
– Em nenhuma hipótese tente retirar, drenar ou “chupar” o veneno. Essa manobra não funciona e aumenta o risco de infecção.
– Acidentes com escorpiões devem receber atendimento médico. Em acidentes sem sintomas ou como único sintoma a dor local, o paciente deve procurar uma unidade básica de saúde.
– Em caso de acidentes cuja pessoa apresente sintomas como náuseas, vômito, febre, calafrios, sudorese, agitação, sonolência ou desmaios, encaminhe-a para a unidade de pronto atendimento mais próxima.
– Em caso de acidentes envolvendo crianças de até 7 anos e com baixo peso, ou idosos, também procure a unidade de pronto atendimento mais próxima.
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