Omissão de rendimentos é principal motivo para contribuinte cair na malha fina; entrega da declaração começa nesta segunda.
Informações inconsistentes ou errôneas lançadas na Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) e detectadas pela Receita Federal do Brasil (RFB) podem fazer com que o contribuinte tenha de refazer o documento, complementá-lo ou até pagar multa de até 75% do imposto devido. Dicas simples ajudam a evitar esse transtorno.
O prazo de entrega começa nesta segunda-feira, 7, e vai até 29 de abril. A necessidade de atenção tem motivo: no ano passado, 869 mil contribuintes caíram na malha fina – entre 36,8 milhões de declarações –, sendo a omissão de rendimentos a principal causa (41,4%), seguida por falta de comprovação de dedução (30,9%).
Os especialistas são unânimes ao afirmar que a honestidade em relação aos dados informados à RFB e a transparência são aliadas para evitar estresse para o contribuinte. O declarante deve ter todos os documentos comprobatórios e não deixar nenhum rendimento fora, já que hoje o acesso aos dados e ao cruzamento deles é muito grande pelos técnicos.
O advogado Edemir Marques de Oliveira, especialista em direito tributário, lembra que o contribuinte deve ter a preocupação de reunir as informações ao longo de todo o ano. Ele cita como exemplo as deduções, aconselhando que a pessoa “exija nota fiscal e guarde todos os recibos dos gastos que podem ser deduzidos, como educação e saúde”, frisa a Agência Brasil (ABR).
Principais dicas ao prestar contas ao leão do Imposto de Renda:
Organizar documentos antes de enviar a declaração.
Ser transparente, informar todos os rendimentos recebidos no ano anterior e comprovar os gastos que geram dedução integralmente.
Revisar a declaração antes do envio, a fim de evitar erros de preenchimento.
Ter a preocupação especial com operações que não ocorrem com frequência (compra e venda de bens acima de R$ 5 mil, que podem gerar ganhos de capital, por exemplo).
Evitar a inclusão de dependentes na declaração.
Não deixar fora os rendimentos próprios dos dependentes, como filho que recebe pensão de ex-cônjuge.
Evitar inclusão de despesas médicas que não são passíveis de dedução ou que não sejam comprováveis.
Acompanhar o processamento da declaração após a entrega para, sendo necessário, retificar dados inconsistentes ou omitidos.
(Com informações da Agência Brasil).
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