H2FOZ – Paulo Bogler
Os ônibus do transporte coletivo de Foz do Iguaçu estão parados desde as 8h desta terça-feira, 8. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sitrofi), a adesão ao movimento é integral. A partir das 10h, a categoria realiza assembleia para definir as próximas ações e se haverá oferta parcial de veículos nos horários de pico.
Na assembleia, os rodoviários irão deliberar sobre proposta de realizar um protesto em frente à sede da Prefeitura e Foz do Iguaçu, forma de cobrar da gestão medidas para a superação dos problemas do transporte público. Três empresas têm permissão para explorar o serviço, as quais operam por meio do Consórcio Sorriso.
“Até o momento, não houve avanço nas negociações”, afirmou o presidente do sindicato, Rodrigo Andrade de Souza. “A assembleia irá definir os próximos passos, se os ônibus voltarão a rodar parcialmente ou não, entre outros encaminhamentos”, explicou ao H2FOZ.
A pauta da greve, segundo o Sitrofi, inclui o pedido de renovação do acordo coletivo de trabalho (ACT); recebimento de parte dos salários atrasados, referentes aos meses de junho, julho e agosto; e recebimento de tíquetes-alimentação pendentes, relativos ao período entre maio e agosto.
A categoria requer também o pagamento de parte das férias de abril em atraso e a recontratação de trabalhadores demitidos durante a pandemia. O sindicato estima que ocorreram 300 demissões, principalmente de cobradores.
Até o término desta matéria, a reportagem não obteve resposta da assessoria do Consórcio Sorriso sobre o posicionamento em relação à paralisação e às reivindicações dos trabalhadores do transporte. As empresas de ônibus têm afirmado que houve redução do número de passageiros e que por isso estariam passando por problemas financeiros.
O que diz o Foztrans
Em nota, o Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu ( Foztrans) declarou que “sempre esteve à disposição para ouvir o Consórcio Sorriso sobre eventuais dificuldades financeiras decorrentes da pandemia do coronavírus” para a busca de soluções. Diz, ainda, que o município não deve valores às empresas ou ao consórcio.
“A exemplo de outros municípios brasileiros, no início da pandemia, a Prefeitura realizou a compra antecipada de 376 mil reais em vales transportes, visando possibilitar que o Consórcio organizasse seu fluxo de caixa, para garantir o pagamento de salários e verbas trabalhistas”, frisa o Foztarns.
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