No WhatsApp, a foto que identifica a pessoa “do outro lado” é um filho, uma filha. Como negar o pedido?
Pelo aplicativo WhatsApp vem a mensagem de uma pessoa muito conhecida.
- Oi pai está muito ocupado?
- Diga, filha.
Mas não era o telefone dela:
- Que fone é este?
- Vou ficar com este agora. O outro vou deixar somente para trabalho. Pode me fazer um favor pai?
- Diga.
- Preciso efetuar uma transferência agora, mas não estou conseguindo pelo meu aplicativo do banco. Vou te encaminhar os dados e você efetua para mim?
- Manda.
- Assim que efetuar me encaminha o comprovante ok pai.
Era um diálogo, teoricamente, de jornalista pra jornalista. Mas o “lado de lá” tinha muitos erros de pontuação. Falta de vírgulas, especialmente. E até de um pontinho de interrogação.
E outro errinho básico: a pessoa diz que deixara o celular pessoal para usar no trabalho… Ué?
Enfim, o pedido era para fazer um Pix no valor de de nada menos que R$ 3.450,00.
Vendo a foto de alguém a quem você jamais negaria um favor, é preciso estar muito atento pra não cair no golpe.
Nesse caso específico, o golpista se deu mal. Os dados do Pix que ele mandou, mais o número do telefone, estão no print.
Mas todo cuidado é pouco. Quando vier pedido pra fazer um Pix ou pra depositar na conta seja de quem for, ligue-se. Tente contato com quem diz ser a pessoa que faz o pedido.
Dar dinheiro pra vigarista dói no bolso e na alma. Ainda mais quando se suou pra ter algum no bolso.
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