Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Núcleo Regional de Foz do Iguaçu, cumpriram na manhã desta segunda-feira, 23, mandados de busca e apreensão contra um delegado da Polícia Civil lotado na 6ª Subdivisão Policial.
O delegado é acusado de prática de estelionato e corrupção. Os mandados foram cumpridos na residência e no local de trabalho do servidor público. Na casa do delegado, os agentes apreenderam documentos e o celular pessoal dele.
Na delegacia, foram apreendidos o computador de trabalho do servidor e diversos documentos. Os equipamentos serão encaminhados para perícia.
Crime cibernético
Promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Tiago Lisboa Mendonça diz que uma pessoa procurou o órgão após ter ido à 6ª. Subdivisão Policial no final de novembro fazer uma queixa de crime cibernético.
A pessoa foi atendida pelo delegado investigado e ao fazer o relato do crime que sofreu, o servidor segundo a vítima, teria solicitado o pagamento de US$ 3 mil para que ele fosse ao Paraguai e comprasse um aparelho celular e um computador.
O computador e o celular, conforme o delegado teria relatado à pessoa, seriam levados até um hacker no Rio de Janeiro para que fosse feita uma blindagem nos aparelhos eletrônicos submetidos ao crime cibernético.
A pessoa chegou a fazer o pagamento, mas os serviços não foram feitos e, por isso, o valor pago foi solicitado de volta.
Uma parte do dinheiro foi devolvida, mas outro montante, que corresponde a uma quantia expressiva, não. Segundo o promotor Tiago Lisboa, em diversas mensagens registradas por whastApp o delegado solicitava que fossem feitos novos pagamentos para que se adquirisse no Rio de Janeiro o equipamento eletrônico e celular e que lá fosse feita novamente a blindagem.
Os mandados, expedidos pelo juiz plantonista da comarca, foram cumpridos com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil.