Os jovens Mohamed e Yara Abdallah foram os primeiros a chegar, após perderem o irmão de 15 anos e o pai em um ataque de Israel no Líbano. Depois, com o início da operação humanitária, ao todo, Foz do Iguaçu recebeu 650 brasileiros e libaneses resgatados da guerra.
A cidade fronteiriça foi a escolha de uma a cada quatro pessoas repatriadas pelo governo federal na Operação Raízes do Cedro. A ação humanitária trouxe ao país 2.663 repatriados, de outubro a novembro, em 13 voos que partiram de Beirute, capital libanesa.
Conforme o balanço divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, além de 1.991 brasileiros, vieram nas aeronaves da Força Aérea Brasileira familiares de outras 13 nacionalidades. São libaneses, sírios, paraguaios, argentinos, uruguaios, holandeses, venezuelanos, chilenos, colombianos, palestinos, franceses, peruanos e jordanianos.
O balanço completo pode ser acessado aqui.
A Prefeitura de Foz do Iguaçu divulgou os serviços de atendimento aos brasileiros e familiares trazidos do Líbano, sendo:
- 120 pessoas atendidas pela Casa do Migrante, organização social que atua na cidade;
- 18 atendimentos prestados pela Secretaria Municipal de Saúde;
- 18 pessoas recebidas na Casa de Acolhimento;
- 45 pessoas com demandas atendidas pela prefeitura, por meio da Diretoria de Assuntos Internacionais; e
- 18 famílias atendidas pelos serviços de assistência social do CRAS Oeste.
As ações para as pessoas resgatadas no Libano, conforme a gestão municipal, envolveram voluntários e instituições como Itaipu Binacional, Unila, comunidades islâmica e libanesa, entre outras. Um comitê concentrou e organizou as atividades.
De volta e em paz
As operações de repatriação e recepção de brasileiros e familiares realizadas na Raízes do Cedro são similares a iniciativas de outubro de 2023, na Operação Voltando em Paz. Naquela ocasião, os voos de resgate trouxeram mais de 1.500 brasileiros e familiares das zonas de conflito na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Israel.