Iniciativa fará referência a “filhos que não têm pai ao lado para comemorar” a data; atividade neste domingo, às 8h30, será na Vila A.
Filhos, demais membros familiares e amigos do guarda municipal Marcelo Arruda, assassinado há um mês, realizam ato público neste domingo, 14, data em que se celebra o Dia dos Pais. Aberta para a comunidade, a iniciativa será a partir das 8h30, na Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, na Vila A.
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O objetivo é pedir o fim do ódio, paz e justiça, explicou ao H2FOZ Leonardo Arruda, filho de Marcelo. Haverá um momento espiritual, com representantes religiosos e, depois, caminhada silenciosa em “respeito aos filhos de todo Brasil que não têm seu pai ao lado para comemorar o Dia dos Pais”, relatou.
Previsto para ser breve, o ato inter-religioso é destinado mesmo a “quem não tenha conhecido ou convivido com Marcelo Arruda e sinta a vontade de pedir o fim desse ódio que assombra nossa sociedade”, frisou. A mobilização também é uma forma de vigília por justiça, prosseguiu.
“Esperamos que a justiça continue sendo feita, bem como a revogação da prisão domiciliar [de Jorge Guaranho, assassino de Marcelo Arruda] mantida”, completou. Leonardo Arruda defendeu a prisão do agente penal no Complexo Médico Penal (CMP), que começou a ser cumprida neste sábado, 13.
“Após o juiz revogar a prisão domiciliar, entendemos que a transferência para o CMP é uma das formas do assassino pagar pelo o que fez, perante a ‘lei dos homens’, a um pai de família”, avaliou. Ele citou que o pai foi servidor público por quase 30 anos, “servindo à população iguaçuense”.
Contexto
Em decisão na tarde dessa sexta-feira, 12, o juiz do caso, Gustavo Arguello, determinou a transferência imediata do policial penal federal Jorge Guaranho, 38 anos, para o Complexo Médico Penal, em Pinhais (PR). Com isso, revogou a própria decisão, de dias antes, que permitia ao agente cumprir prisão preventiva em casa.
Em 9 de julho, o bolsonarista declarado Jorge Guaranho invadiu a festa particular de aniversário de Marcelo Arruda e o matou a tiros. Arruda comemorava os 50 anos em festa temática alusiva ao Partido dos Trabalhadores (PT), agremiação na qual militava e exercia o cargo de tesoureiro.
O policial penal Jorge Guaranho também foi baleado, em reação de legítima defesa de Marcelo Arruda, segundo o Ministério Público do Paraná. Permaneceu cerca de um mês internado e, preso, agora responde por homicídio duplamente qualificado por motivação política.
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