Filho de Assad Barakat diz que acusações contra o pai são sem provas. “Puro preconceito”

O libanês naturalizado brasileiro Assad Ahmad Barakat foi expulso do Paraguai na sexta-feira, 09, e já está em casa, em Foz do Iguaçu.

Ahmad Assaad Barakat, filho do libanês naturalizado brasileiro Assad Ahmad Barakat, expulso pelo Paraguai na sexta-feira, 9, deu entrevista ao H2FOZ para falar sobre as acusações que pesam sobre o pai. Segundo ele, são todas infundadas.

Mandamos a ele perguntas sobre as acusações, via WhatsApp. Publicamos a seguir, junto com as respostas que ele enviou, a propósito da matéria Libanês extraditado do Brasil em 2020 fica preso no Paraguai 9 meses e é expulso de volta ao Brasil

H2FOZ – Sobre o uso de documentos falsos, saiu na imprensa que o sr. Assad confessou o fato. Fica só a questão: por que usou passaporte paraguaio falsificado?

Ahmad: Meu pai obteve o passaporte por meios legais. Foi pedido nos órgãos responsáveis, que entregaram para ele o passaporte duas vezes, em um período de 10 anos, sendo que venceu duas vezes o passaporte.

A questão da confissão foi a única forma de chegar a um acordo com as autoridades daquele país, já que não têm provas contra meu pai e ele teria que ficar preso o tempo que eles quisessem.

H2FOZ – Lavagem de dinheiro em cassinos da Argentina. Qual explicação para esta acusação, por parte de autoridades da Argentina, que chegaram a confiscar bens da família?

Ahmad: Não tem explicação, já que não existe uma acusação formal, não têm prova de nada. A questão do cassino, principalmente, não existe ligação com meu pai, menos ainda alguma prova de que meu pai já entrou em um cassino, e menos ainda o da Argentina.

Uma reflexão: como um cassino que tem tanto dinheiro não possuí uma gravação do meu pai ali no local? São só publicações em jornais e na internet. Não há bens confiscados em nenhum pais, seja Brasil, Paraguai ou até Argentina (não temos nada na Argentina).

Ahmada com o pai: “Família é vítima de fake news há 20 anos”.

H2F0Z – Apoio ao Hezbolá (ou Hezbollah). Esta é uma história antiga, de que o sr. Assad e familiares enviam dinheiro para este grupo, considerado terrorista por alguns países, como Estados Unidos e Israel.

Ahmad: Também não têm prova dessas acusações. A primeira vez que meu pai foi extraditado foi pela acusação de evasão de impostos e, desta vez, pela acusação de falsificação de passaporte que, repito, foi emitido pelas autoridades paraguaias, não uma vez, mas duas vezes seguidas.

A questão de mandar dinheiro segue o exemplo de brasileiros nos Estados Unidos, que trabalham lá e ajudam suas famílias no Brasil. Existem árabes que ajudam seus parentes no Líbano, é normal. Mas, por serem árabes, são acusados de financiamento de terrorismo, só pelo fato de serem muçulmanos.

Um caso parecido de preconceito são as acusações que os brasileiros sofrem na Europa, de serem bandidos, e as mulheres brasileiras, prostitutas. É preconceito. Vale ressaltar a importância de provas.

Na internet existem muitas publicações com títulos acusatórios, mas sem fundamento. São traduzidos e esse processo é repetido há muitos anos. O termo fake news é recente, existe uma conscientização disso na atualidade, mas minha família sofre disso há mais de 20 anos.

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