Por Itaipu Binacional
Neste sábado, dia 20 de outubro, são comemorados os 40 anos de um momento-chave para a história de Itaipu Binacional: a explosão do Canal de Desvio, em 1978. As imagens que mostram a detonação de 58 toneladas de explosivos, derrubando os dois arcos de concreto e tirando o Rio Paraná do seu curso natural, são emblemáticas.
A atividade foi necessária para manter seco o local onde seria construída a barragem principal, vertedouro, Casa de Força e montagens eletromecânicas. Também marcou o fim da primeira fase das obras, que começaram três anos antes.
Não foi um dia qualquer. Antes da cerimônia, os então presidentes do Brasil, Ernesto Geisel, e do Paraguai, Alfredo Stroessner, encontraram-se no meio da Ponte da Amizade, exatamente no ponto que demarca a fronteira dos dois países. Em seguida, no canteiro de obras, assinaram o contrato para a compra das primeiras 18 unidades geradoras de Itaipu.
Jornalistas do mundo inteiro acompanharam a detonação. Os dois presidentes acionaram juntos a chave e um alarme soou, indicando aos cinegrafistas que chegara a hora.
Testemunha e personagem do momento histórico, o engenheiro civil Hugo José Ribas Branco lembra muito bem daquele dia. Ele era o chefe do departamento de construção civil da Unicon (consórcio responsável pela obra) e acompanhou tudo de perto.
Ribas trabalhou na Itaipu até 1985 e só retornou à usina há dois anos, com a família. Nesta semana, ele preparou um artigo relembrando a explosão do Canal de Desvio e reforçando o papel da Engenharia para a infraestrutura do País.
“O desvio do Rio Paraná, no dia 20 de outubro de 1978, três anos após o início das obras da Hidrelétrica de Itaipu, cumprindo rigorosamente o cronograma previsto, foi o grande e obrigatório evento que permitiu a execução da estrutura em concreto da barragem, no leito do Rio Paraná”, escreveu Hugo José Ribas Branco, no artigo “Itaipu: 40 anos do desvio do Rio Paraná”.
Ele destaca também a capacidade da engenharia brasileira que permitiu a construção da Itaipu. “Tecnologia de ponta desenvolvida na execução do projeto pelas empresas brasileiras de engenharia; tecnologia de ponta desenvolvida pelas construtoras brasileiras na execução da obra; tecnologia de ponta na montagem eletromecânica pelas montadoras brasileiras; e tecnologia de ponta na fabricação dos equipamentos eletromecânicos pelos fabricantes nacionais”, rememora o engenheiro civil.
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