Evento em Puerto Iguazú debaterá revisão crítica da Guerra da Tríplice Aliança

Encontro de escritores do Mercosul reunirá personalidades do mundo das letras, história, educação, comunicação e artes.

H2FOZ – Denise Paro

A revisão crítica dos 150 anos da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870) será o tema do XIX Encontro de Escritores do Mercosul, que ocorrerá entre os dias 9 e 12 de outubro em Puerto Iguazú, Argentina. Evento de caráter internacional, o encontro propõe recordar e promover uma memória viva da história do conflito bélico. 

Em razão da pandemia, neste ano o encontro será em formato virtual e contará com a presença de personalidades do mundo das letras, história, educação, comunicação, cinema e arte. Na programação do encontro constam diversos atrativos culturais, incluindo lançamentos de livros e filmes, debates e festivais. O propósito é abrir um espaço de integração evidenciando a diversidade do Mercosul. O evento tem apoio da Associação de Escritores do Paraguai, com sede em Assunção. 

O encontro é realizado anualmente, no mês de outubro, em Puerto Iguazú. Em junho de 2019, ocorreu uma edição em Assunção e Yguarón, no Paraguai, como celebração do Ano Internacional das Línguas Indígenas. Neste ano, o evento contemplará o marco das celebrações dos 80 anos do Parque Nacional do Iguaçu, lado argentino.   

Guerra Guasú 

Também conhecida na língua guarani por Guerra Guasú, a batalha da Tríplice Aliança deixou marcas difíceis de apagar:

•    população do Paraguai no começo da guerra: 800 mil (100%);
•    população morta durante a guerra: 606 mil (75,75%);
•    população do Paraguai depois da guerra: 194 mil (24,25 %);
•    homens sobreviventes: 14 mil (1,75%);
•    mulheres sobreviventes: 180 mil (22,50%);
•    homens sobreviventes menores de 10 anos: 9,8 mil (1,22%);
•    homens sobreviventes até 20 anos: 2,1 mil (0,26%); e
•    homens sobreviventes maiores de 20 anos: 2,1 mil (0,26%).
Ou seja, 99% da população masculina com mais de 10 anos foi exterminada.  

(Fonte: Genocídio Americano: A Guerra do Paraguai, p.150 – Julio José Chiavenato. São Paulo)
 

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